Eis o Noivo!
Esta exclamação, extraída da Parábola das Dez Virgens (Mateus 25.1-12) é o lema da Chamada da Meia-Noite. Mas, o que o Senhor realmente quis ensinar com essa história?No tempo que antecedeu Sua morte, Jesus contou a seguinte parábola aos Seus discípulos: “Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mt 25.1-12).
O noivo é o Rei
O Evangelho de Mateus, o único em que aparece essa parábola, nos apresenta Jesus Cristo como o Rei de Israel. Relata o nascimento do Rei, Sua apresentação pública como Rei, a proclamação de Seus mandamentos reais (Sermão do Monte), fala do anúncio do reino e menciona a ação poderosa de Jesus como o Rei de Israel que os profetas já anunciavam. Seus súditos, porém, O rejeitaram, como conta Mateus. Em seu lugar escolheram o assassino Barrabás e, no final, condenaram o Rei! Jesus não se adaptava ao que eles imaginavam e esperavam. Assim, debaixo de zombaria e escárnio, Ele foi vestido com um manto “real”, recebeu uma “coroa” de espinhos na cabeça e foi elevado à cruz maldita e não ao trono. Foi entregue à morte. Parecia que seus inimigos tinham vencido. Mas era justamente o contrário! O Leão da Tribo de Judá triunfou! Ao terceiro dia saiu da sepultura. Ressuscitou e reviveu! Subiu ao céu e agora está assentado à direita de Deus. Esse Rei é o Noivo da nossa parábola.Ainda não
Seu triunfo ainda não é visível para todos. Hoje Ele é Rei dos corações e governa invisivelmente a vida de todos os que crêem nEle como o Senhor. Mas virá o momento em que Ele triunfará publicamente. Esse dia está às portas, quando todos os homens da terra O verão, e todos os joelhos se dobrarão, reconhecendo que Ele é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis (Fp 2.9-10).O tempo da parábola
A Parábola das Dez Virgens fala desse tempo em que o Rei chegará à terra para estabelecer Seu reino. Pelas cartas de Paulo sabemos que nessa época a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada (1Co 15.51-55; 1Ts 4.13-5.11). Ela estará no céu, junto ao seu Senhor, enquanto aqui na terra os juízos da Grande Tribulação prepararão o mundo para o retorno do Rei (Ap 6ss).Para entender a parábola, precisamos levar em consideração que os eventos a que Jesus se refere terão de ocorrer nas mesmas circunstâncias como as conhecemos do Antigo Testamento. A Igreja já terá sido arrebatada antes do retorno do Rei à Sua terra, e no tempo de Tribulação Deus se voltará outra vez para Israel. (Deus já está preparando o palco para isso, como podemos ver pela fundação do Estado de Israel!).