quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O RETORNO DOS JUDEUS E A VOLTA DO MESSIAS

O retorno dos judeus e a volta do Messias

O período sem pátria dos judeus não duraria eternamente, conforme Oséias 3.4-5, mas sim por um longo período, por “muitos dias”. Após esse longo período sem pátria, haveria uma mudança e esta aconteceria no fim dos tempos (“fim dos dias”). O povo judeu então voltaria à terra dos antepassados e, finalmente, buscaria ao Messias rejeitado. Na literatura rabínica básica, a expressão “Davi, seu rei” se refere ao Messias.[9]
Temos aqui uma profecia impressionante. No ano de 135 d.C., ou seja, quase 1.000 anos antes do ocaso total do antigo Estado de Israel, foi profetizado esse longo período sem pátria para o povo judeu como também o posterior retorno, para a nova fundação do Estado (v.5: “Depois, tornarão os filhos de Israel...). De fato, foram “muitos dias” abrangidos por esse período do ano 135 até 1948.
Após ter ficado claro que o povo judeu seria espalhado como consequência de sua rejeição ao Messias, desejo comprovar, a partir do texto bíblico, que o Messias aparecerá à época do retorno do povo judeu, vindo da dispersão.
Ezequiel 38 trata de um inimigo, vindo do extremo Norte,[10] que atacará Israel no fim dos tempos, no período em que o Messias voltará como Rei. O Messias Soberano é descrito em Ezequiel 37.24-28. Na passagem de Ezequiel 38.8:
8 Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os montes de Israel, que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre os povos...”.
Como já mostramos acima, a expressão “no fim dos anos” é uma das muitas que significam “fim dos tempos”. Praticamente, somente com esse versículo podemos documentar que o retorno do povo judeu à terra de seus pais aconteceria no fim dos tempos bíblicos. Além disso, na combinação dos capítulos 37 e 38 de Ezequiel, fica claro que esse período corresponde ao da volta do Messias Soberano.
Adicionalmente menciono mais um argumento. Em Joel 3.1-2 (Séc. 8 a.C.) pode-se ouvir a voz do Messias:
1 Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, 2 congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos...”.
Já expliquei que, no caso dessa mudança “naqueles dias e naquele tempo”, se trata de uma designação técnica que aponta para o fim dos tempos. Justamente nesta época, de acordo com Joel 3.2, o Messias estará aqui na Terra, no vale de Josafá (este nome é uma outra denominação para vale de Cedrom, que se localiza entre o Monte das Oliveiras e o Monte do Templo, em Jerusalém).[11] Ali o Messias efetuará o julgamento dos povos e trará à pauta aquilo que eles causaram a Israel, no passado. Joel 3.1-2 ressalta, ainda, que o fim dos tempos é um período no qual o destino dos judeus e da cidade de Jerusalém teria uma mudança positiva.
Depois que não parecia haver esperança no destino do povo judeu sem pátria, entre o Século 1 e 19, em 1882 aconteceu uma mudança decisiva. Naquela ocasião tornou-se real a primeira onda de imigração judaica na terra dos antepassados. Sob a pressão da perseguição, promovida pelos últimos czares da Rússia, milhares de judeus emigraram da Rússia para a “palestina” entre 1882 e 1904. Depois seguiu-se uma onda após a outra, de maneira que, até hoje, milhões de judeus retornaram à terra dos antepassados, vindos dos cinco continentes.

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