sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O LONGO PERÍODO SEM PÁTRIA.

O longo período sem pátria

Durante essa mesma época, em que o Evangelho de Jesus Cristo foi propagado através dos cinco continentes, os judeus estavam espalhados pelo mundo como um povo sem pátria.
Esse período sem pátria já havia sido desenhado há muito tempo, no livro de Oséias (Séc. 8 a.C.). O povo de Israel ficaria um longo período “sem rei, sem príncipe”:
4 Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. 5 Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da sua bondade” (Os 3.4-5).
Observemos mais alguns detalhes de Oseias 3.4: O período sem pátria dos judeus também seria caracterizado pela ausência de sacrifícios. De acordo com o mandamento de Deus, em Deuteronômio 12.13-14, o povo judeu estava autorizado a trazer sacrifícios somente no Templo, em Jerusalém. No ano 70 d.C., no entanto, os romanos destruíram o Templo. O monte em que se encontrava esse santuário foi tirado do povo de Israel. Assim, naquela ocasião, o sacrifício trazido pelos judeus teve um fim. Essa situação permaneceu assim até hoje. O povo judeu novamente tomou posse do Monte do Templo somente em 1967 na sequência da Guerra dos Seis Dias. Desde então, diversas organizações se puseram a restabelecer os utensílios para Templo e a preparar uma futura cerimônia de sacrifício. Como consequência da reivindicação da militância islâmica sobre os 144.000 m2 da área do Templo, até hoje não foi possível introduzir esses sacrifícios novamente pelos judeus.
Simultaneamente com o desaparecimento do Templo, no ano 70 d.C., também desapareceu a função do Sumo sacerdote. Durante todos esses séculos, o povo judeu não teve mais as vestes sacerdotais, as quais eram ornamentadas com 12 pedras preciosas no peitoral da estola sacerdotal (ver Êx 28). No passado recente, também essa peça foi reconstituída pela primeira vez, no valor de US$ 1,5 milhão. O autor dessas linhas viu essa vestimenta com os próprios olhos em Jerusalém, juntamente com a estola sacerdotal.[8]
A partir da saída do Egito, a história de Israel no Antigo Testamento é tragicamente assinalada pelas suas reiteradas recaídas para a idolatria. A religião dos sumérios, egípcios, cananeus, babilônios e assírios foi um constante e tremendo desafio para o povo escolhido. Nesse contexto, os postes-ídolos (p.ex. em honra a Baal ou Asera) e as imagens de escultura (hebraico: teraphim) desempenhavam um triste papel, pois, apenas através deles, os dois primeiros mandamentos da Torá (Êx 20.1-6) eram transgredidos de maneira grave e constante. Numa época em que o povo de Israel havia se tornado culpado seriamente por causa da idolatria, no entanto, Oséias profetizou que o longo período sem pátria (que viria em consequência da rejeição ao Messias) seria caracterizado pela ausência dessa idolatria. Isso se cumpriu exatamente dessa maneira. Apesar do povo judeu ter rejeitado o Messias (Jesus Cristo) durante os últimos 2.000 anos, este povo não decaiu mais para o culto aos postes-ídolos e às imagens de escultura, bem em contraste ao Cristianismo confesso de adoração a imagens e estátuas, juntamente com o culto a Maria e aos santos.O

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