sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O TEMPO DOS TEMPOS E O INÍCIO DOS TEMPOS (3) NOTAS

Também o “tempo do início” é um período que abrange desde a vinda do Messias, como menino em Belém (nascimento de Jesus), até o ocaso total do antigo Estado judeu, no ano 135. Os traços indicam os acontecimentos individuais, anunciados no Antigo Testamento, que se cumpriram no decorrer desse “tempo do início”.

Notas

  1. Dn 8.19; 11.35,40; 12.4,.9.
  2. A expressão hebraica bayom hahu’ significa “naquele tempo” ou “naquela época”. Ela não leva em conta o dia de 24 horas, assim como a expressão “hoje em dia” não tem a ver com o dia do calendário, mas se refere a um determinado período que o autor quer destacar como, por exemplo, acontece várias vezes em Zacarias 12-14.
  3. Ez 21.25-29.
  4. Às vezes se afirma que os Tempos do Fim iniciaram há 2.000 anos, com a vinda de Cristo à Terra. Não é correto afirmar isso sem que haja um esclarecimento complementar. Em Hebreus 1.1 lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...”. Aqui também é aplicado o conceito de “últimos dias”. O sentido da sua aplicação, no entanto, é diferente da expressão “últimos dias” no contexto da Vinda do Messias como o Juiz do mundo. A vinda do Messias à Terra foi o encerramento da longa espera pelo Redentor, prometida no Antigo Testamento. A Sua chegada assinalou o fim desses dias de espera. Na maioria dos casos, porém, o conceito “Fim dos Tempos” não é empregado para indicar o término da época do Antigo Testamento, mas para o término do “tempo dos gentios” (Lc 21.24).
  5. Uma cronologia rigorosa da História da Bíblia, na qual todas as datas indicadas são unificadas em um sistema fechado em si mesmo, resulta em uma data muito remota para o Êxodo. Essa cronologia coincide de forma marcante com os fatos arqueológicos do Egito e Canaã/Israel.
  6. Ver At 9.22; 18.28.
  7. Já na antiguidade, tanto para os rabinos como para os mestres do Judaísmo, essa passagem apontava para o Messias (ver TALMUDE BABILÔNICO, Sanhedrin 38a). No Novo Testamento, essa passagem indica Jesus Cristo (1 Pe 2.8).
  8. Ver www.templeinstitute.org (Data: 24.10.2011).
  9. Ver Metzudath David, Oséias 3.5, in: BAR ILAN’S JUDAIC LIBRARY, Bar Ilan University, Responsa Project, CD-Rom, Version 5; ou em: MIQRA’OTH GEDOLOTH, Vol. I - VIII, jerushalajim 1972 (Bíblia hebraica dos rabinos com tradução aramaica – Targumim – com comentários e orações da Idade Média).
  10. Vistos a partir de Israel.
  11. Em Gênesis 14.17, esse vale é chamado também de “vale do Rei” e “vale de Savé” .
  12. A época da vinda de Cristo, há 2.000 anos, é considerada em 1 Jo 1.1, como o “princípio”. (Ver ainda: 1 Jo 2.7,13-14,24; 3.11; 2 Jo 1.5-6; Hb 6.1).

O TEMPO DOS TEMPOS (2)

O destino dos judeus na dispersão, sem pátria, começou a mudar a partir de 1882, com a primeira onda moderna de imigração. Assim, o período de 1882 até hoje pertence ao que a Bíblia classifica como “fim dos tempos”.
No estudo dos textos proféticos da Bíblia, é muito importante observar que o conceito “fim dos tempos” se refere a uma época e não a um evento pontual. O fim dos tempos é a época da mudança do destino judeu (Am 9.14, Jl 3.1). É um processo durante o qual Israel será completamente restaurado. O decurso dessa evolução, de acordo com a visão de Ezequiel 37.1-14, deverá ocorrer em várias fases e alcançará o término e consumação quando o Messias surgir como Rei do mundo. Determinadas passagens proféticas da Bíblia falam sobre certos eventos pontuais que ocorrerão durante esse período e outras passagens descrevem o todo dando uma visão de conjunto. Nos lugares em que se encontra uma dessas visões de conjunto, pode-se constatar como talvez um determinado evento ou a maior parte de algum deles se cumpriu, porém, sem ainda ver o todo. Pode-se falar do cumprimento pleno somente quando o Messias estiver aqui. Segue um exemplo para esse caso:
8 Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, entre eles, também os cegos e aleijados, as mulheres grávidas e as de parto; em grande congregação, voltarão para aqui. 9 Virão com choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito. 10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho” (Jr 31.8-10).
Hoje, a volta dos judeus das terras do Norte “em grande congregação” (v.8) está praticamente cumprida porque retornaram mais de 1 milhão de judeus da Rússia e das regiões da antiga União Soviética para Israel. Também o versículo 10a pode ser identificado: fala-se em todo o mundo sobre a dispersão do povo judeu através das nações, mas que, em nossa época, teve um extraordinário retorno e foi congregado na terra de seus pais. A afirmação de que o Messias os guardará (v.10b) e guiará (v.9) poderá ser cumprida somente depois que o Messias estiver de volta. Devemos manter claramente diante dos olhos: Estamos vivendo no fim dos tempos, mas ainda não chegamos ao fim. Ainda não é “o fim” (ver Mt 24.6). Estamos acompanhando o desenrolar desse tempo em seu processo rumo ao alvo, mas este alvo final ainda não foi alcançado.
Como já comentamos, estaremos visualizando (no livro Estamos Vivendo no Fim dos Tempos?) mais de 175 profecias da Bíblia que se cumpriram no decorrer dos anos e décadas entre 1882 e 2011 e que se referem ao “fim dos tempos”. Assim será comprovado, clara e incontestavelmente, que de fato estamos vivendo no período do fim dos tempos e que Jesus Cristo voltará em breve! (Roger Liebi — Chamada.com.br)

O FIM DOS TEMPOS E O INÍCIO DOS TEMPOS (1)

O fim dos tempos e o início dos tempos

Sendo o fim dos tempos o período em que os judeus retornariam à terra de Israel, podemos afirmar, com inteira razão, que este período já abrange 130 anos. O que, porém, são esses 130 anos em comparação aos 2.000 passados? Esses 130 anos, assim, podem ser simplesmente considerados a fase preliminar para a vinda do Messias.
No contexto da primeira vinda do Messias, também houve um período messiânico semelhante, que perdurou um total de 135 anos e que se destaca do período subsequente de vários séculos de dispersão e sem pátria dos judeus: Na mudança das eras, há um pouco mais de 2.000 anos, Jesus Cristo nasceu em Belém. Por volta de 32 d.C., os romanos crucificaram a Jesus. No ano 70 d.C., o Templo e a cidade de Jerusalém foram destruídos. Após ter sido sufocada a revolta judaica contra Roma (132-135 d.C.), o Estado judeu foi definitivamente exterminado. No total, o período entre a vinda do Messias sofredor até o ocaso total do Estado de Israel, foi de 135 anos. Esse período pode ser considerado como “início dos tempos” em contrapartida ao “fim dos tempos”.[12]
O princípio da era do fim dos tempos foi marcado pela intensa imigração de judeus na terra de seus pais (1882). O fim dos tempos é um período, uma fase que se desenvolve continuamente para, ao final, conduzir à volta de Jesus, o Messias, que então estabelecerá o Seu Reino mundial de paz e justiça aqui na Terra.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

PRECISAMOS DE ORGANIZAÇÃO PARA DEFEDER O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO(PNE).

ublicado em Quinta, 12 Maio 2016 10:56
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nessa terça-feira (10) que o Fórum Nacional de Educação (FNE) e os profissionais do setor precisam brigar pelo Plano Nacional de Educação (PNE). “Ele estabelece diretrizes muito consistentes na educação para as próximas décadas. O que não podemos permitir é um retrocesso e um desmonte do PNE. E vocês têm ouvido vozes que defendem a desconstrução do PNE, isso vai ser um retrocesso muito grande”, disse, sem citar os eventuais críticos do plano.
Mercadante participou do 1º Encontro Nacional dos Fóruns Permanentes de Educação e falou sobre “preocupações e desafios para o futuro próximo”, diante do iminente afastamento da presidenta Dilma Rousseff e da condução do vice-presidente Michel Temer ao cargo de chefe do Executivo. Além dos representantes do FNE, o encontro reúne coordenadores dos fóruns estaduais, municipais e distrital.
Governo Temer
Segundo o ministro, o governo cumpriu o que estava previsto até agora na Lei do PNE e deve continuar lutando para que todos os estados e municípios também tenham seus planos. Mercadante disse que é preciso avançar no financiamento da educação para cumprir as 20 metas do plano e criticou a possibilidade de extinção do mínimo constitucional de investimento e da desvinculação de recursos para a educação como consta no documento Uma Ponte para o Futuro, divulgado pelo PMDB em outubro do ano passado e que deve nortear as ações do governo Temer.
A Constituição estabelece que a União invista um mínimo de 18% do que arrecada em educação e, estados e municípios, 25% de suas receitas. “O país precisa priorizar a educação. Estamos gastando 21% da receita, se nós mantivéssemos 18% teríamos que ter tirado R$ 5 bilhões no ano passado. E eles querem rebaixar os 18%”, disse. Segundo Mercadante, com a redução, estados e municípios não conseguirão pagar o piso salarial dos professores.
Mercadante também se diz preocupado com a implantação da nova Base Nacional Comum Curricular e com a ampliação da formação de professores.
Além das medidas ligadas à educação, o ministro também criticou a política social de um possível governo Temer, que, segundo ele, deverá beneficiar apenas os 5% mais pobres da população. “Temos 48 milhões de estudantes na educação básica, 17 milhões são de famílias que recebem o Bolsa Família. Se o programa focar apenas em 5% da população, 12 milhões de crianças e jovens perderão o Bolsa Família e nós vamos assistir aquela cena de parar no farol das grandes cidades e ter aquelas crianças pedindo, como era comum. É fundamental mantê-las na escola para construir outro país”, disse o Mercadante.
Conferência
O coordenador do FNE, Heleno Araújo, disse que a categoria também está preocupada com a suspensão temporária da presidenta Dilma Rousseff. “Temos um acúmulo de espaço, participação e investimento do poder público na estruturação do FNE. Não sabemos como será à frente, já que em governos anteriores de partidos que querem ocupar esse espaço nós não tivemos oportunidade de encaminhar essas lutas coletivas com o Poder Público. Foi sempre um processo de resistência e de organização, mas apenas da sociedade civil”, comparou.
Araújo disse que o fórum esta preparando sua agenda para a Conferência Nacional de Educação de 2018 (Conae 2018), precedida das conferências estaduais e municipais. “Hoje vamos sair com o calendário pronto para ser executado e é isso que vamos cobrar de quem estiver ocupando o espaço no governo”, explicou.
A terceira edição da Conae 2018 foi estabelecida em decreto assinado na segunda-feira (9) pela presidenta Dilma Rousseff e terá como tema A Consolidação do Sistema Nacional de Educação (SNE) e o Plano Nacional de Educação (PNE): monitoramento, avaliação e proposição de políticas para a garantia do direito à educação de qualidade social, pública, gratuita e laica.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O RETORNO DOS JUDEUS E A VOLTA DO MESSIAS

O retorno dos judeus e a volta do Messias

O período sem pátria dos judeus não duraria eternamente, conforme Oséias 3.4-5, mas sim por um longo período, por “muitos dias”. Após esse longo período sem pátria, haveria uma mudança e esta aconteceria no fim dos tempos (“fim dos dias”). O povo judeu então voltaria à terra dos antepassados e, finalmente, buscaria ao Messias rejeitado. Na literatura rabínica básica, a expressão “Davi, seu rei” se refere ao Messias.[9]
Temos aqui uma profecia impressionante. No ano de 135 d.C., ou seja, quase 1.000 anos antes do ocaso total do antigo Estado de Israel, foi profetizado esse longo período sem pátria para o povo judeu como também o posterior retorno, para a nova fundação do Estado (v.5: “Depois, tornarão os filhos de Israel...). De fato, foram “muitos dias” abrangidos por esse período do ano 135 até 1948.
Após ter ficado claro que o povo judeu seria espalhado como consequência de sua rejeição ao Messias, desejo comprovar, a partir do texto bíblico, que o Messias aparecerá à época do retorno do povo judeu, vindo da dispersão.
Ezequiel 38 trata de um inimigo, vindo do extremo Norte,[10] que atacará Israel no fim dos tempos, no período em que o Messias voltará como Rei. O Messias Soberano é descrito em Ezequiel 37.24-28. Na passagem de Ezequiel 38.8:
8 Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou dentre muitos povos sobre os montes de Israel, que sempre estavam desolados; este povo foi tirado de entre os povos...”.
Como já mostramos acima, a expressão “no fim dos anos” é uma das muitas que significam “fim dos tempos”. Praticamente, somente com esse versículo podemos documentar que o retorno do povo judeu à terra de seus pais aconteceria no fim dos tempos bíblicos. Além disso, na combinação dos capítulos 37 e 38 de Ezequiel, fica claro que esse período corresponde ao da volta do Messias Soberano.
Adicionalmente menciono mais um argumento. Em Joel 3.1-2 (Séc. 8 a.C.) pode-se ouvir a voz do Messias:
1 Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, 2 congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá; e ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam por entre os povos...”.
Já expliquei que, no caso dessa mudança “naqueles dias e naquele tempo”, se trata de uma designação técnica que aponta para o fim dos tempos. Justamente nesta época, de acordo com Joel 3.2, o Messias estará aqui na Terra, no vale de Josafá (este nome é uma outra denominação para vale de Cedrom, que se localiza entre o Monte das Oliveiras e o Monte do Templo, em Jerusalém).[11] Ali o Messias efetuará o julgamento dos povos e trará à pauta aquilo que eles causaram a Israel, no passado. Joel 3.1-2 ressalta, ainda, que o fim dos tempos é um período no qual o destino dos judeus e da cidade de Jerusalém teria uma mudança positiva.
Depois que não parecia haver esperança no destino do povo judeu sem pátria, entre o Século 1 e 19, em 1882 aconteceu uma mudança decisiva. Naquela ocasião tornou-se real a primeira onda de imigração judaica na terra dos antepassados. Sob a pressão da perseguição, promovida pelos últimos czares da Rússia, milhares de judeus emigraram da Rússia para a “palestina” entre 1882 e 1904. Depois seguiu-se uma onda após a outra, de maneira que, até hoje, milhões de judeus retornaram à terra dos antepassados, vindos dos cinco continentes.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O LONGO PERÍODO SEM PÁTRIA.

O longo período sem pátria

Durante essa mesma época, em que o Evangelho de Jesus Cristo foi propagado através dos cinco continentes, os judeus estavam espalhados pelo mundo como um povo sem pátria.
Esse período sem pátria já havia sido desenhado há muito tempo, no livro de Oséias (Séc. 8 a.C.). O povo de Israel ficaria um longo período “sem rei, sem príncipe”:
4 Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do lar. 5 Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei; e, nos últimos dias, tremendo, se aproximarão do Senhor e da sua bondade” (Os 3.4-5).
Observemos mais alguns detalhes de Oseias 3.4: O período sem pátria dos judeus também seria caracterizado pela ausência de sacrifícios. De acordo com o mandamento de Deus, em Deuteronômio 12.13-14, o povo judeu estava autorizado a trazer sacrifícios somente no Templo, em Jerusalém. No ano 70 d.C., no entanto, os romanos destruíram o Templo. O monte em que se encontrava esse santuário foi tirado do povo de Israel. Assim, naquela ocasião, o sacrifício trazido pelos judeus teve um fim. Essa situação permaneceu assim até hoje. O povo judeu novamente tomou posse do Monte do Templo somente em 1967 na sequência da Guerra dos Seis Dias. Desde então, diversas organizações se puseram a restabelecer os utensílios para Templo e a preparar uma futura cerimônia de sacrifício. Como consequência da reivindicação da militância islâmica sobre os 144.000 m2 da área do Templo, até hoje não foi possível introduzir esses sacrifícios novamente pelos judeus.
Simultaneamente com o desaparecimento do Templo, no ano 70 d.C., também desapareceu a função do Sumo sacerdote. Durante todos esses séculos, o povo judeu não teve mais as vestes sacerdotais, as quais eram ornamentadas com 12 pedras preciosas no peitoral da estola sacerdotal (ver Êx 28). No passado recente, também essa peça foi reconstituída pela primeira vez, no valor de US$ 1,5 milhão. O autor dessas linhas viu essa vestimenta com os próprios olhos em Jerusalém, juntamente com a estola sacerdotal.[8]
A partir da saída do Egito, a história de Israel no Antigo Testamento é tragicamente assinalada pelas suas reiteradas recaídas para a idolatria. A religião dos sumérios, egípcios, cananeus, babilônios e assírios foi um constante e tremendo desafio para o povo escolhido. Nesse contexto, os postes-ídolos (p.ex. em honra a Baal ou Asera) e as imagens de escultura (hebraico: teraphim) desempenhavam um triste papel, pois, apenas através deles, os dois primeiros mandamentos da Torá (Êx 20.1-6) eram transgredidos de maneira grave e constante. Numa época em que o povo de Israel havia se tornado culpado seriamente por causa da idolatria, no entanto, Oséias profetizou que o longo período sem pátria (que viria em consequência da rejeição ao Messias) seria caracterizado pela ausência dessa idolatria. Isso se cumpriu exatamente dessa maneira. Apesar do povo judeu ter rejeitado o Messias (Jesus Cristo) durante os últimos 2.000 anos, este povo não decaiu mais para o culto aos postes-ídolos e às imagens de escultura, bem em contraste ao Cristianismo confesso de adoração a imagens e estátuas, juntamente com o culto a Maria e aos santos.O

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A GRANDE CHANCE PARA OS POVOS NÃO JUDEUS

A grande chance para os povos não judeus

Qual é o significado desse longo período entre a primeira e a segunda vinda do Messias? Essa pergunta foi respondida no livro do profeta Isaías (por volta de 700 a.C.). Em Isaías 49.6, Deus fala que a missão do Seu Messias não seria restrita a Israel e que Ele deveria levar Sua bênção também aos povos não judeus:
6 Sim, diz ele: ...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.”
Essa profecia se cumpriu de maneira impressionante: Nos últimos 2.000 anos, as Boas Novas sobre o Messias sofredor foram transmitidas pelos cinco continentes, até entre os esquimós, na Terra do Fogo, entre os aborígenes da Tasmânia e entre os Maoris da Nova Zelândia, no “limite do mundo”, isto é, nas áreas mais distantes da Terra, vistas a partir de Jerusalém. Esta Jerusalém foi o ponto geográfico de partida para as missões mundiais (At 1.18). No decorrer da história da Igreja, milhões de não judeus reconheceram, em Jesus de Nazaré, o Redentor enviado por Deus e O aceitaram como Senhor em suas vidas (Jo 1.12). Eles reconheceram em oração, arrependidos, sua culpa pessoal diante de Deus (1 Jo 1.9) e tomaram para si o sacrifício vicário de Jesus na cruz (Rm 3.23-26). Assim, milhões de pessoas alcançaram a paz com Deus (Rm 5.1).

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

COSEQUÊNCIAS DA REJEIÇÃO AO MESSIAS

No período após a primeira Vinda do Messias, o povo judeu seria espalhado através do mundo. No período antes da segunda Vinda do Messias, pelo contrário, o povo judeu seria conduzido de volta à terra de seus antepassados, trazidos de todo o mundo.

Consequências da rejeição ao Messias

Com a Sua vinda, há mais de 2.000 anos, Jesus Cristo cumpriu a profecia a respeito do “Messias sofredor”. Assim, temos condições de provar[6] que Jesus Cristo é o Messias. No passado, já se cumpriram mais de 300 profecias referentes ao Redentor prometido![7]
A consequência da rejeição ao Messias, pela maioria do Seu próprio povo, seria uma catástrofe nacional. Foi o que previram os profetas do Antigo Testamento. Pretendo mostrar essa correlação diretamente no texto bíblico de tal maneira que cada leitor possa compreender esse fato. É possível fazê-lo claramente, por exemplo, à luz de Isaías 8.14-15:9

14 Ele [o Messias] ...será pedra de tropeço e rocha de ofensa..., laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. 15 Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos”
A maioria do povo judeu rejeitou a Jesus de Nazaré, o Messias. Eles O consideravam uma pedra de tropeço. No ano 70 d.C. – poucos anos após a crucificação de Jesus – os romanos moveram uma guerra cruel e sangrenta durante a qual destruíram Jerusalém, a capital dos judeus, juntamente com o maravilhoso Templo, no Monte de Sião. Com isso os judeus encerraram as solenidades de sacrifícios. Após as duas revoltas dos judeus contra Roma terem sido dominadas (66-73 e 132-135 d.C.), aconteceu o colapso definitivo do antigo Estado judeu. A maravilhosa terra de Israel, na qual manava leite e mel (Dt 6.3), degradou, durante um processo que durou vários séculos, tornando-se um horrível deserto. Essa evolução alcançou o seu ápice no Século 19. O povo judeu, durante um período igualmente de vários séculos, foi espalhado pelos cinco continentes do mundo. Durante dois milênios, os judeus foram odiados, rejeitados, caluniados, proscritos, perseguidos e assassinados. O saldo a lamentar por esse povo sofrido, desde o ano 70 d.C. até o Século 20, abrange em torno de 13 milhões de mortos. Moisés já havia profetizado essa situação, com absoluta precisão, por volta de 1606 a.C. Através dele, Deus havia anunciado (Lv 26.31-33):

31 Reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não aspirarei o vosso aroma agradável. 32 Assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. 33 Espalhar-vos-ei por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas”.
Por volta de 1566 a.C., em seu discurso de despedida, Moisés profetizou:

64 O Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma até à outra extremidade da terra. Servirás ali a outros deuses que não conheceste, nem tu, nem teus pais; servirás à madeira e à pedra. 65 Nem ainda entre estas nações descansarás, nem a planta de teu pé terá repouso, porquanto o Senhor ali te dará coração tremente, olhos mortiços e desmaio de alma. 66 A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti; terás pavor de noite e de dia e não crerás na tua vida. 67 Pela manhã dirás: Ah! Quem me dera ver a noite! E, à noitinha, dirás: Ah! Quem me dera ver a manhã! Isso pelo pavor que sentirás no coração e pelo espetáculo que terás diante dos olhos” (Dt 28.64-67).

terça-feira, 2 de agosto de 2016

O MESSIAS SOFREDOR E O MESSIAS SOBERANO

O Messias sofredor e o Messias soberano

Agora utilizei uma palavra-chave importante e central da Profecia bíblica: “o Messias”. Quem é o Messias? No Antigo Testamento, nos escritos bíblicos originados no período entre 1606 até próx. a 420 a.C.,[5] foi anunciada a vinda de um Redentor para Israel e também para todos os povos do mundo. Nesse contexto, devemos observar esse fato importante: Os profetas hebreus falaram sobre o Messias de duas maneiras bem diferentes.
Muitas passagens do Antigo Testamento tratam do “Messias sofredor” que deveria vir para resolver o problema de nossa culpa diante de Deus, ao morrer como sacrifício em nosso lugar, o Justo morrendo por nós, os injustos, para nos conduzir a Deus (comparar Is 53, Sl 22, Dn 9.25).
Por outro lado, os profetas apresentam um quadro de um “Messias soberano” aos nossos olhos. Ele virá para ser o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores e estabelecer um reino mundial de paz e justiça aqui na Terra (ver Is 11, Dn 7.13-14,18,22,27, Zc 14).
Como conseguimos unificar essas duas representações tão diferentes entre si? Muito simples! Essas duas descrições diferenciadas tratam de duas aparições distintas do mesmo Messias. Primeiramente Ele deveria vir para solucionar o problema de nossa culpa pessoal, através do Seu sacrifício na cruz. O Messias virá pela segunda vez, no futuro, para eliminar todos os problemas políticos, sociais e econômicos do mundo.
Há uma significativa chave de interpretação que poderá ajudar a distinguir as duas fases diferentes da vinda do Messias: os profetas afirmaram que o “Messias sofredor” seria rejeitado por Seu povo. Por essa rejeição, o povo judeu seria arrancado da terra de Israel e seria espalhado entre as nações do mundo. Vinculado à vinda do “Messias soberano”, os profetas predisseram que, na época imediatamente anterior, o povo judeu seria conduzido de volta à terra de seus pais, desde a dispersão entre os povos do mundo.