domingo, 31 de janeiro de 2016

DESCOBERTO O MAIOR SISTEMA SOLAR DA GALÁXIA

Descoberto o maior sistema solar da galáxia

Ele é 222 vezes maior que o nosso. E um ano no planeta solitário que habita o lugar demora 900 mil anos terrestres.
Por Ana Luísa Fernandes Editado por Alexandre Versignassi Atualizado em 29/01/2016
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Ele é grande e pequeno ao mesmo tempo. Pequeno porque consiste de apenas um planeta orbitando ao redor de uma estrela. Grande porque a distância que separa os dois é de 1 trilhão de quilômetros. Isso dá quase 7 mil vezes a distância entre a Terra e o Sol, que já é de respeitáveis 150 milhões de km.
Mais: Netuno, o planeta mais distante do nosso sistema, está a 4,5 bilhões de quilômetros do Sol. Em outras palavras: cabem 222 conjuntos Sol-Netuno na distância entre o planeta 2MASS J2126-8140 e sua estrela, a TYC 9486-927-1. "Surpreendeu-nos muito encontrar um objeto de massa baixa tão longe da sua estrela mãe", disse o pesquisador Simon Murphy, da Universidade Nacional Australiana.
sistema solarWiki commons
Se esse fosse o nosso sistema solar, você nunca teria a chance de fazer um aniversário: um ano lá representa 900.000 dos nossos. A órbita de Netuno, por exemplo, leva "só" 165 anos para dar uma volta completa ao redor do Sol. Na verdade, se o 2MASS J2126-8140 estivesse orbitando o Sol, nós provavelmente nem o teríamos descoberto ainda. O novo planeta que os cientistas dizem ter encontrado fica entre 32 e 160 bilhões de quilômetros de distância. Se levamos esse tempo todo para descobrir esse possível novo integrante, imagina um 30 vezes mais longe.
Até agora, os astronômos imaginavam que o 2MASS J2126-8140 e a TYC 9486-927-1 eram corpos completamente separados, sem nenhuma relação. A distância é tão grande que eles não chegaram a imaginar que ambos poderiam formar um sistema. "O planeta não é tão solitário quanto imaginávamos, mas certamente está em um relacionamento de longa distância", comenta Murphy.
O sistema solar considerado o maior antes da novidade era três vezes menor. "Como sistemas planetários tão grandes se formam e sobrevivem ainda é uma questão em aberto", diz o cientista. Ou seja: não fazemos ideia de como ou por que essa aberração está ali. Mas ela está.
 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

SEIS ARMAS MILITARES MUITO ESTRANHAS

Às vezes, vencer uma guerra significa ser um pouco mais louco do que o inimigo. Afinal, é bom preservar o elemento surpresa, e como o adversário já está preparado para qualquer arma convencional, é preciso ousar um pouco e esperar que funcione, como…

6. O avião grande que carregava aviões menores

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Lá atrás, quando viagens aéreas eram algo novo e perigoso, vários militares tentaram desenvolver porta-aviões que voassem, sem muito sucesso. Na União Soviética, uma ideia maluca meio que funcionou: eles decidiram “amarrar” pequenos aviões em um muito maior.
A foto acima é resultado do projeto Zveno de Stalin, que consistia em dar novos usos a bombardeiros russos ou pousá-loscolossais como o Tupolev TB-3 – no caso, transportar até seis caças-bombardeiros Polikarpov I-16. Todos os aviões tinham que acionar seus motores só para a gerigonça decolar. O avião maior conseguia levar os bombardeiros menores para alvos que normalmente estariam fora de seu alcance, dando aos russos uma boa vantagem. No local certo, os bombardeiros podiam se separar do Tupolev e, depois de cumprir seu papel, os pilotos podiam tentar recolocá-los no avião maior em pleno voo nas proximidades.
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Sim, tal façanha foi realizada pelo menos em 30 ataques antes dos aviões serem aposentados.

5. O morteiro de 600 mm

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No final de 1930, Hitler encarregou o fabricante de armas Rheinmetall de desenvolver um morteiro com um calibre de 600 milímetros. O resultado foi Karl-Gerát, com um motor diesel de 580 cavalos de potência capaz de levá-lo a uma velocidade máxima de quase 10 km/h.
Isso pode não soar muito impressionante, mas o ritmo lento de viagem é compensado pelo fato de que o obus autopropulsado (a maior arma autoautopropulsada já feita) tinha uma munição pesada de 2170 kg e 60 cm de diâmetro. O alcance do seu projétil mais leve (1250 kg) era de pouco mais de 10 km.
Veja o tamanho de tal munição, não detonada, encontrada no edifício Prudential em Varsóvia, Polônia, depois da Revolta de Varsóvia de 1944:
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E veja o que as munições que realmente explodiram como pretendido fizeram com o referido edifício:
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O morteiro foi usado em outros ataques, mas hoje só existe um para contar a história, que fica no museu Kubinka Tank Museum, na Rússia.

4. O avião-barco alemão

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Concebido em 1936 e tendo entrado em serviço por volta de 1940, o Blohm & Voss BV 138 foi um veículo alemão com uma crise de identidade. Era um barco? Era um avião? Era a prova definitiva de inteligência extraterrestre?
Bem, ele foi, pelo menos, os dois primeiros. E só para ficar mais estranho, ele tinha três motores aéreos e o que parecia um bambolê em torno da coisa toda, porque quem não gosta de bambolês?
A principal missão do BV 138 era reconhecimento, encargo no qual se destacou por ser o primeiro barco voador manobrável o suficiente para evitar tornar-se queijo suíço ensopado ao primeiro sinal de uma metralhadora inimiga.
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Surpreendentemente, a versão mencionada acima foi a variante mais impressionante e bizarra do veículo. Não tinha armas, justamente para dar espaço para o bambolê louco, que era na verdade uma bobina de desmagnetização concebida com o propósito de deslizar sobre a superfície da água e explodir minas navais com a magia do magnetismo.

3. O bombardeiro feito de madeira

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À primeira vista, o De Havilland DH 98 “Mosquito” não parece mais ridículo do que qualquer outra aeronave militar da Segunda Guerra Mundial. Mas o diferencial deste veículo da Força Aérea Real britânica é que ele é feito do mesmo material que aquela estante de livros que você comprou e parece sempre estar à beira do completo colapso: madeira compensada.
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Os britânicos precisavam de uma aeronave de combate multifunção para ajudar a afastar a infestação nazista desagradável que estavam enfrentando. A empresa De Havilland resolveu aproveitar a abundância de materiais fornecidos pela própria Mãe Natureza e criar um bombardeiro bimotor que deixava todos os outros aviões da Europa engasgados com sua serragem.
Apesar de ser de madeira (ao contrário, por causa disso), o Mosquito não só superou todas as expectativas – desde bombardeio milimétrico a foto-reconhecimento de alta velocidade -, como também era melhor que outros aviões contemporâneos e podia ir mais rápido que qualquer coisa que a Luftwaffe lançou até 1944.

2. Avião com três asas

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Na Primeira Guerra Mundial, um engenheiro alemão olhou para um biplano e pensou: “Quão melhor seria voar com ainda mais asas?”. A lei do “menos é mais” afirma que isso quase certamente terminou em desastre absoluto. Mas não.
Apesar da produção de míseras 320 unidades, o chamado Fokker Dr.I Dreidecker entrou para a história como um demônio alado bem-dotado que podia passar a perna em qualquer coisa que os franceses ou britânicos lançassem em direção ao rosto de Deus de 1917 a 1918.
Graças a essa asa adicional, o Fokker tinha um poder enorme de elevação. Nas mãos de um piloto experiente, manobras incríveis eram possíveis: o ás alemão Werner Voss foi capaz de virar o avião 180 graus para atacar brutalmente seus atacantes com as metralhadoras 8mm do Fokker.
E você também já pode ter ouvido falar de um outro rapaz que ficou famoso por enviar pelo menos 70 pilotos aliados para seus túmulos de fogo a partir do cockpit apertado do triplano: Manfred von Richthofen, também conhecido como Barão Vermelho.

1. Os tanques de Hobart

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O Major General britânico Percy Hobart era uma pessoa muito criativa. O resultado disso foram os chamados “Hobart’s Funnies”, uma série de tanques modificados para executar funções não muito comuns de tanques.
Por exemplo, “The Crab” foi um tanque com um tambor rotativo coberto de correntes enferrujadas. Não servia para lavrar campos – era um caça-minas. As correntes batiam no chão com tanta força que as destruíram enquanto o tanque mantinha os seres humanos dentro dele intactos:
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Para trabalhos que o The Crab não podia aguentar, havia a “Aunt Jemima” (foto do início desse item). Esta modificação foi feita para remoção de minas antitanque, geralmente enterradas mais profundamente, que eram então desencadeadas pelo peso de um haltere gigante de 29 toneladas.
Talvez o mais engraçado de todos os Hobart’s Funnies foi o “Duplex Drive”, ou DD Tank. O DD surgiu como resultado da necessidade de levar armaduras para as praias da Normandia o mais rapidamente possível. Ao adicionar uma lona e hélices, os Aliados criaram um tanque anfíbio que apenas ocasionalmente naufragava. Uma vez em terra, a lona era retirada para revelar o verdadeiro poder de fogo do tanque. [Cracked]
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CIÊNTISTAS AGORA SABE COMO O CÉREBRO NOS DESPERTA

Os cientistas agora sabem como o cérebro nos desperta


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Pesquisas recentes estão fazendo avanços enormes para desvendar o sono - por que precisamos dormircomo podemos dormir mais e o que acontece quando não dormimos o suficiente. Mas muita coisa ainda é em grande medida desconhecida, incluindo o modo como circuitos cerebrais controlam o ciclo do sono e do despertar. Ou melhor, muita coisa era desconhecida até agora.
bebês dormindo sonoiStock
Em um estudo crucial, neurocientistas da Universidade de Berna, na Suíça, descobriram um padrão de atividade cerebral que é responsável por nos despertar do sono leve ou quando estamos anestesiados.
"Essas descobertas identificam uma nova rede e redefinem nosso entendimento da rede cerebral que regula o ciclo do sono e do estado desperto", disse ao HuffPost em e-mail o Dr. Antoine Adamantidis, neurocientista da Universidade de Berna e autor principal do estudo.
Publicado em 21 de dezembro na revista científica Nature Neuroscience, o estudo mostrou que a ativação do circuito associado aos ritmos de atividade elétrica que ocorrem durante o sono - localizados entre as regiões cerebrais do hipotálamo e do tálamo) levam ao despertar rápido. Enquanto isso, a inibição do circuito aprofunda o sono.
Os pesquisadores trabalharam com camundongos, utilizando numa técnica nova chamada optogenética. Eles inseriram genes reativos à luz em determinados neurônios do circuito dos roedores e então ativaram esses neurônios com pulsos de luz.
Quando os pesquisadores ativaram os neurônios no circuito, puderam induzir o despertar rápido. Quando estimularam esses neurônios por um período extenso, os camundongos continuaram despertos. Mas, quando inibiram os neurônios no circuito, os camundongos dormiram por mais tempo, mais profundamente e com menos interrupções.
E tem mais: o poder de despertar desse circuito cerebral mostrou ser tão forte que chegou a levar os camundongos a voltar à consciência depois de serem anestesiados.
Adamantidis considerou a descoberta instigante, porque pode levar à criação de novos métodos terapêuticos para despertar pessoas que se encontram em estado vegetativo ou de consciência mínima. Até agora esses métodos são limitados.
Os cientistas dizem que, quando eles puderem determinar a relação entre problemas no funcionamento do circuito cerebral e problemas do sono, a nova descoberta também poderá resultar em tratamentos mais seletivos para a insônia ou as perturbações do sono.
"Essa é uma questão importante no campo dos distúrbios do sono", disse Adamantidis. "Esses circuitos talvez se tornem hipersensíveis a determinados estímulos, e a hiperatividade pode atrasar a chegada do sono e também levar ao sono fragmentado, duas características da insônia."
Leia mais:
O que acontece enquanto você dorme
10 distúrbios do sono bizarros
Inventaram um despertador que te acorda com cheirinho de café

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

VAI COMEÇAR O PRIMEIRO TESTE DO CARRO VOADOR.

Vão começar os testes para o primeiro carro voador

A empresa Terrafugis recebeu o aval da agência de aviação americana para começar a testar protótipos.
Por Felipe Germano Atualizado em 17/12/2015
Estamos cada dia mais perto de vivermos a vida de um Jetson, e isso não tem nada a ver com cachorros falantes ou esteiras do lado de fora de prédios - pelo menos por enquanto. A ideia que está por vir é muito mais prática: a empresa americana Terrafugia anunciou que irá iniciar seus testes para o primeiro carro voador do mundo sair do papel.
Carro VoadorDivulgação | Terrafugia
O que limitava o início das tentativas era uma autorização que acabou de chegar. A FAA (sigla em inglês para a agência que regula o espaço aéreo americano), liberou o céu de todo território do país para experimentações com o carro que voa. Para usufruir da licença, a empresa deve sempre informar as autoridades quando os testes serão feitos, evitando quaisquer tipo de acidentes.
Por enquanto, os testes serão feitos com um protótipo não tripulado e 10 vezes menor do que o carro de fato deve ter. Mas não ache que é só mais um drone correndo pelos céus, o modelo é planejado para voar a mais de 120 metros de altura, atingindo até 160 km/h. A versão final do carro deve ser ainda mais rápida. O dobro de velocidade. De acordo com o vídeo de divulgação, o produto deve ultrapassar os 320 km/h, podendo cobrir, por voo, uma área de 500 km de extensão.
TF-XDivulgação | Terrafugia
O modelo, chamado TF-X, é pensado para quatro pessoas, e deve caber em uma garagem comum. A ideia é que ele também seja ecologicamente viável, e usaria baterias no lugar de combustível fóssil.
A empresa já adianta que é melhor segurar a ansiedade. Você não vai poder ir voando para a Olimpíada do Rio, mas talvez tenha uma chance para os jogos olímpicos de Tóquio, em 2020. O carro só deve chegar às lojas daqui a 8 ou 12 anos com um preço "correspondente ao de carros de luxo". A autorização não deve acelerar esse processo mas aumenta as chances de acerto. "Por conta das configurações não convencionais do TF-X, é vital alcançar o equilíbrio com modelos menores, antes de fazer um protótipo com escala real", afirma o comunicado oficial.
O vídeo com a simulação da empresa, você confere abaixo:

domingo, 17 de janeiro de 2016

REAJUSTE DOS PROFESSORES AGORA É OFICIAL.

Oficial: MEC anuncia reajuste do Piso do Magistério em 11,36%

mercadante piso
Conforme havia sido informado na última reunião do Fórum permanente de acompanhamento e atualização do piso salarial nacional do magistério público da educação básica, instância composta por MEC, Consed, Undime e CNTE, o referido piso, em 2016, valerá R$ 2.135,64.
O reajuste deste ano foi definido novamente pelo critério estabelecido em Parecer da Advocacia Geral da União, de 2010, que leva em consideração a estimativa de crescimento percentual do valor mínimo do Fundeb, entre 2014 e 2015, extraídas das Portarias Interministeriais MEC/MF nº 8, de 5/11/15 e nº 19, de 27/12/13. Ambas podem ser consultadas no sítio eletrônico do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (http://www.fnde.gov.br).
Ao contrário de anos anteriores, em que o piso teve atualizações substanciais, em 2016, por consequência da inflação, o percentual de reajuste ficou próximo dos principais índices de reposição inflacionária (10,67% do IPCA e 11,27% do INPC). Ainda assim, pode-se dizer que houve ganho real.
Caso seja mantido o mesmo critério de reajuste em 2017, o percentual de atualização do piso deverá ser de 7,64%, com base no valor per capita do Fundeb estimado para 2016, à luz da Portaria Interministerial MEC/MF nº 11, de 30/12/15, que foi de R$ 2.739,87 (referente ao investimento mínimo per capita para os anos iniciais urbanos do ensino fundamental).
Diante desta perspectiva, e seguindo as discussões travadas em âmbito do Fórum de Acompanhamento do PSPN, com vistas a vincular os percentuais de reajuste do piso às receitas efetivas do Fundeb (e não propriamente ao custo aluno per capita), a CNTE chama a atenção da categoria para a necessidade desse debate garantir além da reposição inflacionária (coisa que o atual critério de reajuste não prevê), também ganhos reais com base no cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de Educação.
Para 2016, a CNTE reitera a necessidade de os sindicatos promoverem amplo processo de mobilização para garantir a aplicação efetiva do reajuste do piso em todos os níveis dos planos de carreira. Isso porque, mesmo diante da crise fiscal, é preciso encontrar mecanismos para garantir a valorização dos profissionais da educação, sobretudo através de esforços na arrecadação dos tributos (sem promover isenções fiscais) e na aplicação das verbas conforme dispõe a legislação educacional, sem desvios ou desperdícios.
Aproveitamos, também, para reforçar a convocatória de nossos sindicatos e de toda sociedade para a Greve Nacional da Educação, a realizar-se entre 15 e 17 de março de 2016, momento em que a CNTE fará balanço nacional da aplicação do piso do magistério e das demais políticas públicas estabelecidas no PNE e nos planos subnacionais.

sábado, 16 de janeiro de 2016

TUBARÕES QUE BRILHAM NO ESCURO.

tubarao brilha escuro
Este tubarão recém-descoberto não é muito grande, mas ainda assim é assustador: ele evoluiu para caçar invisível, de forma que você não vai vê-lo se aproximando, exatamente como no famoso suspense de Steven Spielberg.

Tubarão ninja

Com cerca de meio metro de comprimento, o chamado “ninja lanternshark” (em tradução livre, algo como “tubarão lanterna ninja”) vive a uma profundidade de cerca de 1.000 metros.
Oito indivíduos foram encontrados na costa do Oceano Pacífico na América Central até o momento. O animal foi descoberto pelo Centro de Pesquisa de Tubarões do Pacífico, que fica no estado americano da Califórnia.
O nome latino dado a espécie foi Etmopterus benchley, em homenagem a Peter Benchley, o autor de “Tubarão”.
Já seu nome popular foi sugerido pelos primos da pesquisadora Vicky Vasquez, que disseram que a aparência impressionante do novo animal o fazia parecer um “super ninja”.

Brilhando

A pele do tubarão é negra, o que lhe permite se “camuflar” nas profundezas marinhas onde caça. Ele também brilha no escuro, mas isso não é uma vantagem para as presas: na realidade, é uma combinação mortal que o torna ainda mais imperceptível.
De acordo com Vasquez, o animal é quase invisível para suas vítimas. Ele usa os fotóforos em sua pele para produzir um brilho fraco que, em combinação com sua pele negra, permite que o tubarão se misture com a luz limitada das profundezas do oceano. [IFLS]

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

VASO SANITÁRIO QUE SÓ PRECISA LIMPAR UMA VEZ POR ANO.

vaso sanitario que se limpa sozinho
Um vaso sanitário “inteligente” que se abre quando você se aproxima e se autolimpa com cada descarga está em exibição na feira Consumer Electronics Show (CES) 2016, em Las Vegas, nos EUA. Ele também limpa o usuário com um “chuveiro aerado”, que esguicha água quente e ar quente “de uma posição sentada”, disse uma porta-voz da marca.
Apesar de custar exorbitantes US$ 9.800 (R$ 39.484), mais de 40 milhões de versões anteriores dos vasos sanitários Neorest foram vendidos. A empresa produtora, Toto, disse que o novo protótipo ainda estava em desenvolvimento.
O seu processo de autolimpeza usa uma combinação de desinfectante e esmalte – feito de zircônio e dióxido de titânio – que cobre a superfície. “Uma vez que ele dá a descarga, pulveriza o interior do assento com água eletrolítica”, explicou a porta-voz da Toto Lenora Campos à BBC Online.
Segundo ela, o “processo patenteado” essencialmente transforma a água em um alvejante fraco. “[A mistura] branqueia o interior, matando qualquer coisa no vaso”, disse.
Enquanto isso, uma luz ultravioleta na tampa carrega a superfície. Ela a torna super-hidrofílico – ou amiga da água, fazendo com que nada grude nela – e também fotocatalítica, permitindo que íons de oxigênio quebrem bactérias e vírus.
vaso sanitario que se limpa sozinho 2
“Você não tem que limpar o vaso sanitário por mais de um ano”, prometeu Campos.
Um especialista em casas inteligentes, Frank Gillett, da consultoria de tecnologia Forrester Research, disse que o dispositivo mostra que ainda há espaço para a inovação além de conectar as coisas à internet. “Ele ilustra a noção de que os avanços da tecnologia envolvem repensar coisas, não necessariamente adicionar algo novo”, apontou.
Os potenciais compradores devem notar, no entanto, que o dispositivo não é um passe para nunca mais limpar o vaso sanitário, já que suas técnicas de limpeza não se estendem ao que pode espirrar para o lado de fora do vaso. [BBC] SUPERINTERESSANTE

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

FINALMENTE ENCONTRAMOS ONDAS GRAVITACIONAIS. "CIÊNCIA"

Simulação de colisão de buracos negros
Simulação de colisão de buracos negros
Pense em uma maneira de iniciar o ano de 2016 em grande estilo. Se você é ligado em física ou é um físico, uma das coisas que deve estar no topo da lista deve ser “detectar ondas gravitacionais”.
Previstas por Albert Einstein em 1915, elas seriam criadas por eventos extremamente energéticos, como colisões de buracos negros ou explosões de supernovas. Mo entanto, nunca foram detectadas, pelo menos até agora.
Há um bom motivo para elas não terem sido descobertas ainda: quanto mais distante o fenômeno que gerou as ondas gravitacionais, menores elas são. Tão pequenas como frações de bilionésimos do diâmetro de um átomo!
Embora na teoria seja simples de detectar estas ondas, na prática é preciso de um equipamento ultrassensível que encontrar algo tão minúsculo.
Entra em cena o LIGO, ou “Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser” na sigla em inglês. A função deste aparelho é usar a interferometria laser para descobrir qualquer distorção no espaço-tempo causada por ondas gravitacionais.
A primeira versão do LIGO rodou de 2002 a 2010, quando foi parado para uma atualização nos detectores, que foi terminada no ano passado, permitindo que o mesmo fosse reiniciado.

As notícias começam a “vazar”

Nem bem se passou uma semana que o LIGO foi reiniciado, e lá vai o professor Lawrence Krauss, um físico da Universidade do Estado do Arizona, fazer correr o boato no Twitter, afirmando que haviam 10 a 15% de chances de ser verdade.
Começou a correria e a troca de mensagens desencontradas. A porta-voz do LIGO, Gabriela González, da Universidade do Estado da Louisiana, tocou gasolina nesta fogueira, afirmando “A resposta oficial é que estamos analisando os dados”, em entrevista à Nature.
Na segunda-feira 11, o boato voltou com força, pelo Twitter do mesmo Lawrence Krauss, afirmando “meu rumor anterior sobre o LIGO foi confirmando por fontes independentes. Fiquem ligados! Ondas gravitacionais podem ter sido descobertas!! Excitante”.
Em e-mail ao Gizmodo, o professor Alan Weinstein, responsável pelo grupo do LIGO na Caltech, afirmou apenas que “minha resposta a você não é mais nem menos que a oficial, que é a verdade: ‘estamos analisando dados 01 e vamos noticiar quando prontos.’ Eu diria que o mais sábio é ser paciente”.

Ainda sem notícias

Outros cientistas estão aumentando o boato. Por exemplo, físico Robert McNees da Universidade Loyola havia feito a predição que a descoberta de ondas gravitacionais seria feita pelo LIGO este ano.
Por enquanto, a melhor coisa que podemos fazer é esperar, sem perturbar os cientistas que estão trabalhando na análise de dados – estas coisas não se apressa.
E, se no fim, for anunciado que foi um alarme falso, bem, a ciência é assim mesmo, as descobertas acontecem num ritmo próprio, e é importante ser cauteloso, para não dar falsos alarmes. [Gizmodo]

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES 2016 CNTE


Acesse o calendário de atividades e mobilizações 2016

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PRODUÇÃO DE CEREAIS É AFETADADA PELO AQUECIMENTO GLOBAL



Produção de cereais é afetada pelo aquecimento global

Mais de 170 países foram analisados no novo estudo que mostra as sérias consequências das mudanças climáticas do planeta.
Por Ana Luísa Fernandes Editado por Camila Almeida Atualizado em 07/01/2016

O aumento da temperatura do globo causou mais uma vítima: os cereais. Em um novo estudo da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, cientistas descobriram que, nos anos em que países foram atingidos pela seca, a produção desses alimentos caiu 10% e, quando afetada pelas ondas de calor, 9%. A estimativa é que mais de três bilhões de toneladas da produção de cereais, entre 1964 e 2007, tenha sido perdida.

produçãoWiki Commons

"Nós não pensamos muito sobre isso, mas arroz, trigo e milho correspondem sozinhos a mais de 50% das calorias globais. Quando essa produção é atingida, os preços sofrem um choque, o que aumenta a fome no mundo", diz o pesquisador Navin Ramankutty.

Foram analisados dados da produção nacional de 16 tipos de cereais, em 177 países. Os pesquisadores concluíram que os efeitos da seca eram sentidos com mais força em países ricos do que em países emergentes: na América do Norte, Europa e Austrália, 20% da safra total foi perdida. Na Ásia, o número cai para 12% e na África para 9%. Na América Latina, nenhum efeito foi reportado.

Essa diferença pode ocorrer porque os países ricos tendem a cultivar plantações mais uniformes, que podem ser mais vulneráveis à seca. A pesquisa também apontou que as secas que ocorreram a partir do ano de 1985 foram mais severas do que as que aconteceram antes desse período. Depois desse ano, as perdas somavam, em média, 14%. Antes, esse número ficava na faixa dos 7%. Eles sugeriram que a alteração climática pode afetar a frequência e intensidade desses eventos no futuro.
"Nós sempre soubemos que o clima extremo causa perda na produção. Mas, até agora, nós não sabíamos quanto exatamente da produção global era perdida graças a eventos de alteração climática, e como eles variam nas diferentes regiões do mundo", finaliza outro pesquisador, Navin Ramankutty. SUPERINTERESSANTE

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A BOMBA DO FIM DO MUNDO.

As agulhas dos instrumentos do Instituto Sismológico de Uppsala, na Suécia, chacoalharam no dia 30 de outubro de 1961. Momentos depois, outros aparelhos ao redor do mundo também detectaram o que parecia ser um terremoto de 5 graus na escala Richter. Mas o tremor nada tinha de natural. Era uma onda de choque que deu três voltas no planeta - e resultado da maior explosão nuclear de todos os tempos. A União Soviética havia acabado de detonar a mais potente arma já produzida pelo homem: a bomba nuclear RDS-220. Por seu enorme poder destrutivo, ganhou o apelido de BombaTsar. O nome é uma referência ao tzar Ivã 4º, também conhecido como Ivã, o Terrível, que governou a Rússia no século 16 (e ganhou esse apelido por ter liderado o país em seis guerras, e pelo humor instável e explosivo).
A hiperbomba foi detonada no Círculo Polar Ártico, na ilha de Nova Zemlia, um local desabitado que os soviéticos costumavam usar para testes nucleares. A força da Bomba Tsar, de aproximadamente 50 megatons, equivale a 50 milhões de toneladas de dinamite, ou a 3.300 bombas de Hiroshima (cuja detonação completou 70 anos no mês passado). Sozinha, ela é dez vezes mais potente do que todos os explosivos da Segunda Guerra Mundial - somados. O cogumelo nuclear chegou a 64 quilômetros de altura, seis vezes a altitude em que voam os aviões comerciais, e sete vezes o tamanho do Monte Everest. Atingiu a mesosfera, a camada da atmosfera onde os meteoritos entram em combustão.
Ela foi lançada por um bombardeiro Tupolev TU-95, que era comandado pelo major Andrei Durnovtsev, e liberada a uma altitude de 10.500 metros. Um paraquedas retardou a queda da bomba, que pesava 25 toneladas, para que o avião tivesse tempo de se afastar antes da explosão. Quase não deu. O avião voava a 644 km/h, e já estava a 45 quilômetros de distância quando a detonação aconteceu, quatro minutos depois. Mesmo assim, foi atingido pela onda de choque e quase caiu - despencou mil metros de uma vez só. Outras aeronaves observaram e filmaram o momento em que a Bomba Tsar foi detonada. "O espetáculo era fantástico, irreal, sobrenatural", disse um dos militares que documentaram a operação. Segundo ele, à medida que a bola de fogo crescia, parecia sugar a terra.
Embora a bomba tenha sido detonada no ar, a 4 quilômetros do chão, seus efeitos no solo foram devastadores. "A superfície da ilha foi nivelada, varrida e polida, como se virasse uma pista de patinação. A mesma coisa aconteceu com as pedras. A neve derreteu e suas bordas estão brilhando. Não há um sinal de imperfeição no solo", disse o relatório soviético sobre a inspeção no lugar, tempos depois. Tudo no local havia sido destruído e derretido. Outros efeitos da explosão foram percebidos muito longe dali. O clarão foi avistado a uma distância de 1.000 quilômetros, mesmo com céu nublado. Um observador a 270 quilômetros de distância viu o lampejo mesmo de óculos escuros e pôde sentir o calor emitido pela explosão. A onda de choque derrubou as casas de madeira e arrancou telhados, janelas e portas de casas de alvenaria. Qualquer pessoa que estivesse num raio de 100 quilômetros do centro da explosão sofreria queimaduras de terceiro grau.
As bombas nucleares causam três tipos diferentes de dano. O primeiro é a onda de choque, que, dependendo da potência da arma, derruba prédios em uma grande área e arremessa as pessoas atingidas. Depois vem a onda de calor, que incinera tudo o que está na região e provoca queimaduras graves. Por último, vem a radiação. O centro da explosão fica altamente contaminado por radioatividade. Mas a bomba também espalha poeira radioativa, que é levantada pelo vento e cai a milhares de quilômetros de distância, junto com a chuva. Isso significa que áreas gigantescas podem ficar contaminadas, por muito tempo. O Atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos fizeram testes nucleares na década de 1950, continua inabitável até hoje.
Uma pequena comparação pode dar uma ideia melhor dos terríveis efeitos daBomba Tsar. Se tivesse sido detonada sobre a Avenida Paulista, no coração de São Paulo, a onda de choque derrubaria quase todas as construções num raio de 9 quilômetros - praticamente toda a região da capital paulista entre os rios Tietê e Pinheiros, o Aeroporto de Congonhas e o início da zona leste. Mas a coisa não pararia aí. Uma cratera de 340 metros de profundidade por 3 quilômetros de diâmetro tomaria todo a área central da metrópole. A bola de fogo, com aproximadamente 5 quilômetros de diâmetro, chegaria quase até o Parque do Ibirapuera, iniciando um grande incêndio que provavelmente se espalharia pela cidade. O calor provocaria queimaduras de terceiro grau até em moradores de Jundiaí, Atibaia, Mogi das Cruzes e Santos. A chuva radioativa poderia chegar ao sul da Bahia, dependendo da direção e velocidade dos ventos.
A hiperbomba russa era incrivelmente forte. Enquanto as armas nucleares americanas tinham potência suficiente para devastar uma cidade, o artefato russo era capaz de varrer do mapa Estados inteiros. Uma quantidade relativamente pequena de Bombas Tsar seria suficiente para arrasar a civilização como a conhecemos. E os russos queriam que todo mundo, em especial os EUA, soubesse disso.


No 22º Congresso do Partido Comunista, o secretário-geral Nikita Kruschev prometeu que os soviéticos criariam uma bomba nuclear de 100 megatons. Os próprios cientistas, no entanto, ficaram com receio do que poderia acontecer. Anos depois, os físicos Viktor Adamsky e Yuri Smirnov, que participaram do projeto, revelaram que uma explosão dessa magnitude teria gerado um tornado de fogo gigante, capaz de engolir uma área de mais de 30 mil quilômetros quadrados (um pouco maior que o Estado de Alagoas). Por isso, os russos acharam melhor reduzir a Bomba Tsar para 50 megatons. Ela tinha essa potência toda graças a uma inovação tecnológica: era umabomba atômica de três estágios.
As primeiras bombas atômicas, detonadas em Hiroshima e Nagasaki, tinham apenas um estágio. Grosso modo, elas funcionam da seguinte maneira. Um explosivo tradicional, colocado dentro da bomba, estoura - e comprime o material nuclear (urânio, no caso da bomba de Hiroshima, e plutônio, no caso da bomba de Nagasaki). Isso inicia uma reação de fissão nuclear, ou seja, a quebra dos núcleos dos átomos de urânio ou plutônio. Uma quantidade enorme de energia é liberada, e a bomba explode.
Na década de 1950, os americanos deram um passo além, e inventaram uma versão de dois estágios. É a bomba termonuclear, também conhecida comobomba de hidrogênio. Ela também faz fissão nuclear, como suas antecessoras. Só que não para aí. A energia gerada pela fissão é usada para espremer átomos de hidrogênio, que estão armazenados no segundo estágio da bomba, uns contra os outros. Eles se juntam, e acontece a chamada fusão nuclear - que libera ainda mais energia. É o que ocorre naturalmente em estrelas como o Sol.
Na Bomba Tsar, os cientistas acrescentaram um terceiro estágio - também de fusão de hidrogênio. O design inicial da arma soviética previa 50% de fissão e 50% de fusão para produzir os 100 megatons previstos. Mas, para domar a bomba, os cientistas trocaram parte do urânio por chumbo. Além de diminuir a potência da explosão, isso teve um efeito colateral surpreendente: a Bomba Tsar espalhava muito menos radiação do que seria normal numa explosão daquele tamanho. Isso evitou que ela contaminasse grandes áreas da Europa (e da própria URSS).
Tudo foi feito às pressas, e sob muita pressão política. Foram apenas quatro meses entre o início do projeto, no laboratório ultrassecreto Arzamas-16, e o teste em Nova Zemlia. O design da arma só ficou pronto em 24 de outubro, seis dias antes do lançamento. A equipe, liderada pelo físico nuclear Andrei Sakharov, teve de trabalhar com estimativas e projeções, porque não havia tempo. "Se não criarmos essa coisa, vamos ser enviados para construir ferrovias", disse Sakharov, na época. A bomba mudaria a vida dele para sempre. Ao perceber a monstruosidade do que tinha inventado, ele se tornou um ativista antiarmas nucleares e, em 1975, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.


A explosão da bomba provocou pânico em todo o mundo, e era exatamente isso o que os soviéticos queriam. Em nenhum momento Kruschev manteve segredo sobre o artefato. Pelo contrário. Fez questão de dizer que seria produzido e detonado, e que os americanos ficassem sabendo. É que, no início dos anos 1960, a situação geopolítica era desfavorável para os russos. A tensão em Berlim levou à construção do muro e, pouco tempo antes, a França detonara sua primeira bomba nuclear, transformando-se na quarta potência atômica, depois de Reino Unido, URSS e Estados Unidos. A BombaTsar, muito mais potente do que as armas dos outros países (o máximo que os EUA conseguiram chegar foi a 15 megatons, num teste em 1954), era uma demonstração de força - e também uma cartada dos soviéticos para desacelerar a corrida armamentista. "As bombas nucleares tinham ido muito além do que havíamos imaginado", diz Andrew Futter, especialista em política internacional da Universidade de Leicester. Mais do que uma ação militar, a Bomba Tsar foi uma manobra política. Numa guerra real, ela não teria grande serventia prática, porque era muito pesada e precisava ser carregada por um avião grande e lento. "O tipo de aeronave necessária para lançá-la provavelmente seria derrubada", explica Futter. Em suma: além de ser o artefato tecnológico mais destrutivo e assustador já criado pelo homem, a Bomba Tsar também era um blefe geopolítico. Deu certo.
A explosão reverberou pelo mundo e, dois anos depois, EUA e URSS assinaram um tratado para frear a corrida armamentista. A partir dele, ficou proibido testar bombas explodindo-as na atmosfera, sob a água (como nos oceanos) ou no espaço. A explosão da maior de todas as bombas, na prática, serviu para frear a escalada nuclear.
Americanos e russos continuaram se enfrentando e testando artefatos do tipo, mas em explosões subterrâneas e com armas de potência muito menor. (Hoje, os EUA possuem aproximadamente 5 mil armas nucleares, e os russos têm 3 mil - quase dez vezes menos do que nos anos 1960). A Guerra Fria ainda duraria três décadas. Mas a corrida para desenvolver bombas cada vez maiores parou ali. Graças à Tsar.

Na mesma época em que os soviéticos desenvolveram a Bomba Tsar, os americanos criaram uma arma nuclear igualmente assustadora: a bomba de nêutrons (seu nome técnico é "bomba de radiação aumentada"). Ela é projetada para matar, mas causando o mínimo possível de dano a prédios e construções em geral. Quando uma bomba atômica tradicional explode, 5% da energia é liberada na forma de nêutrons (partículas subatômicas que, junto com os prótons, formam o núcleo do átomo). Na bomba de nêutrons, é 45%. Ou seja, ela produz muito mais radioatividade. Isso torna possível a criação de bombas pequenas, com carga explosiva bem menor (1 kiloton, por exemplo), mas que mesmo assim matariam muita gente - por envenenamento radioativo. Além dos EUA, Rússia, França e China possuem essa tecnologia.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

CIÊNTISTAS DESCOBREM A CAUSA DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

descobrem a causa da esclerose lateral amiotrófica


Stephen HawkingGetty
A esclerose lateral amiotrófica, conhecida pela sigla ELA, ficou bem conhecida em 2014, graças ao desafio do gelo. Tá lembrado? Vários famosos (e anônimos) tomaram banhos gelados e postaram os vídeos nas redes sociais. A brincadeira, com uma intenção bem séria, arrecadou mais de US$ 100 milhões para pesquisas. E essas pesquisas estão dando resultados.
Um grupo de cientistas da Universidade da Carolina do Norte descobriu a causa da ELA, que provoca a morte dos neurônios motores (as células nervosas responsáveis por todos os movimentos do corpo) - e que tem definhado Stephen Hawking nas últimas décadas. Até agora, a doença não tem cura nem tratamento.
Os pesquisadores estudaram casos da ELA ligados a mutações numa proteína chamada SOD1 e perceberam que a SOD1 cria um aglomerado temporário de três moléculas - chamado de trímero. Esse trímero é muito tóxico para os neurônios motores, o que leva à morte dessas células.
Agora, o próximo passo é descobrir um remédio que impeça a formação dos aglomerados. A expectativa é que essa droga comece a ser testada daqui a dois anos. Mas ainda tem muito chão pela frente: os testes podem levar até cinco anos para serem realizados.
A descoberta também pode abrir caminho para o tratamento de outras doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer.

Entenda o que é a doença

Também chamada de "doença de Lou Gehrig", a esclerose lateral amiotrófica destrói gradualmente células do cérebro e da medula espinhal que controlam os músculos. Com o tempo, o cérebro vai perdendo a capacidade de controlar os movimentos, até levar à paralisia. Trata-se de uma condição progressiva que, por enquanto, não tem cura.
O diagnóstico não é sinônimo de derrota. Stephen Hawking recebeu a notícia de que sofria com a ELA aos 21 anos. Cinco décadas depois, ele ainda é um dos físicos mais importantes do mundo. Depois da ELA, Hawking completou seu doutorado em cosmologia e se tornou professor na prestigiada Cátedra Lucasiana em Cambridge, que pertenceu a Isaac Newton. Mas o cientista é uma exceção. Com a deterioração do cérebro, a expectativa de vida é de três anos.