segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A NATUREZA PERDEU O CONTROLE OU O HOMEM MEXEU DEMAIS?


Ultimamente, o que não faltam são notícias sobre desastres naturais, especialmente terremotos.
Estamos ficando loucos, ou realmente estamos experimentando um aumento na taxa de grandes terremotos recentemente?
Especialistas documentaram, por exemplo, que por um período de quase 40 anos (após o terremoto de magnitude 8,7 de fevereiro de 1965 no Alasca), o mundo não viu um único grande terremoto.
Já nos últimos 7 anos desde o final de dezembro de 2004, houve nada mais, nada menos que cinco grandes terremotos – fora os moderados ou pequenos.
Estes incluem três terremotos na Indonésia: um de 2004, em Sumatra (magnitude 9,1), outro em Nias em 2005 (8,7), e um em Bengkulu (8,5) em 2007, além do terremoto no Chile em 2010 (8,8) e o último no Japão em 2011, (9,0).

Sim, isso é verdade. Em 1931, havia cerca de 350 estações sismológicas e, hoje, existem mais de 4.000 estações. Os instrumentos que os sismógrafos usam para medi-los também são muito mais sensíveis.
Graças à internet, agora é possível saber mais sobre terremotos em poucos minutos, ao invés de semanas.
Aliás, os terremotos têm um impacto muito maior hoje do que no passado. Você deve ter notado que o terremoto de 2010 no Haiti, de longe o mais mortal desastre natural na história do hemisfério ocidental, que mataou mais de 200.000 pessoas, não está na lista acima.
Os terremotos recentemente se tornaram muito mais proeminentes devido ao seu número de mortos. Podemos acrescentar a isso o efeito do “mundo malvado”, onde as coisas parecem muito pior devido a uma mídia mais voraz.

Os cientistas Charles Bufe e David Perkins analisaram as estatísticas e concluíram que na década de 1960, bem como agora, realmente houve aumento da taxa de terremotos.
O ponto é: grandes terremotos parecem se agrupar no tempo. E agora?
Se redefinirmos esse número, as estimativas mudam. As chances de haver uma lacuna enorme de grandes terremotos de 1965 a 2000, por exemplo, são muito pequenas. Verifica-se que a probabilidade de que 16 eventos em um intervalo de 111 anos contenham tal lacuna longa é de apenas 1,3%.

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