sábado, 3 de dezembro de 2011

PÂNCREAS ARTIFICIAL


A diabetes mellitus do tipo 1 é considerada, por muitos médicos, como sendo a mais “ingrata”, porque é adquirida naturalmente e o paciente pode fazer muito pouco para tentar evitá-la. A vida do portador vira um eterno sobressalto, em que o nível de açúcar no sangue está sempre no topo da lista de preocupações. Mas as novas tecnologias parecem oferecer um alento: um pâncreas artificial.
O pâncreas de diabéticos do tipo 1 produz pouca ou nenhuma insulina. Sem ela, os níveis de açúcar ficam totalmente desregulados, e os problemas de saúde são graves e variados: tanto na falta quanto no excesso de glicose. Por isso, o paciente nunca tem sossego quando vai comer alguma coisa e precisa checar constantemente seus níveis de glicose.
O dispositivo artificial imita a função do pâncreas. Através de um sensor que se coloca embaixo da pele e mede o nível de glicose a todo o momento, um injetor de insulina dosa automaticamente a medida certa no corpo. Isso evita que o paciente precise manter suas taxas de açúcar sob controle permanente.
A novidade já vem sendo testada em vários lugares dos Estados Unidos, com sucesso. As autoridades americanas, no entanto, ainda não liberaram o dispositivo para produção de mercado por cautela. A saúde e a vida dos diabéticos dependem do nível de insulina, e uma falha técnica no aparelho, mesmo que breve, poderia causar danos irreversíveis.
Por essa razão, uma série de testes é necessária para que o pâncreas artificial possa ser usado com segurança. A expectativa é que a liberação por parte da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) já saia no começo de dezembro. Mas os médicos afirmam que os pacientes, segundo as projeções, só poderão ter acesso a um pâncreas artificial daqui a um ano ou mais.

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