O Concorde é uma das máquinas voadoras mais megalomaníacas já criadas. Ele voava a 2.200 km/h, o dobro da velocidade do som - por isso era considerado um avião supersônico. Embarcar nele era um privilégio super exclusivo: só existiam 14 unidades em operação. Mas valia a pena. Como voava a 18 mil metros de altitude, não enfrentava turbulência, e seus passageiros tinham uma vista incrível da Terra. Mas colocar um trambolho desse no ar era, obviamente,aríssimo. Quase três décadas depois do primeiro voo, o Concorde aterrissou para sempre em 2003. Após um acidente que matou 113 pessoas no ano 2000, sustentar esse projeto bilionário ficou meio difícil.
Mas voar tão alto e tão rápido era um serviço VIP que deixou saudades nos ricaços. E é por isso que um time composto de pilotos e passageiros frequentes do Concorde quer colocá-lo no ar de novo. A ideia tem um preço: 160 milhões de libras. O que, para o pessoal do Clube do Concorde, é um ótimo investimento.
Hoje em dia, os aviões que sobraram estão em aeroportos no Reino Unido e na França, os dois países que bancaram o projeto nos anos 1970. A ideia do Clube do Concorde é recuperar apenas duas dessas aeronaves. Uma seria transformada num tipo de parque temático nas águas do rio Tâmisa, em Londres. Por 16 libras, qualquer turista poderia ver como é um Concorde por dentro, além de comer num restaurante com um cardápio igual ao que era servido nas alturas durante os 27 anos de atividade do avião.
Já o segundo Concorde ia para os ares, de onde ele nunca deveria ter saído (pelo menos de acordo com o clubinho de milionários). A ideia é reformar a aeronave e decolar de novo em 2019. Mas apenas para voos particulares (que provavelmente custarão uma fortuna), já que voos comerciais dependem de contratos com companhias aéreas e nenhuma delas parece muito animada com a ideia.
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