"Eu não fui comunicado", diz Renan sobre lista da PGR
Presidente do Senado, Renan despista sobre nome em lista de Janot: 'Eu não fui comunicado e acredito que Eduardo também não'
Divulgação/22.08.2013/Flickr
Na última terça-feira (3), a PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedidos de investigação contra 54 pessoas citadas nos depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da estatal Nestor Cerveró.
Além de Calheiros, o nome presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também constaria no processo. Ambos teriam sido alertados pelo vice-presidente da República, Michel Temer, também do PMDB. Calheiros disse, no entanto, que nem ele nem Eduardo Cunha foram avisados sobre o conteúdo da lista pelo Planalto.
— Eu não fui comunicado e acredito que o Eduardo [Cunha] também não.
Entenda a Lava Jato
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção em que empreiteiras teriam formado cartel para participar das licitações de obras da Petrobras e pagariam propina a funcionários da empresa, operadores que lavariam dinheiro do esquema, políticos e partidos. A operação teve início em março de 2014 e está em sua nona fase (veja abaixo). Estima-se que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 20 bilhões.
PT, PMDB e PP são as legendas apontadas como beneficiárias diretas e teriam recebido entre 1 a 3% sob os contratos da estatal. Segundo depoimento de um dos delatores ouvidos pela Polícia Federal, o ex-gerente Pedro Barusco, apenas o PT teria recebido cerca de US$ 200 milhões em propinas em dez anos. Parlamentares do PSDB e PSB também foram citados como possíveis beneficiários.
Até agora, 40 pessoas respondem a processo na Justiça Federal no âmbito da Lava Jato. Entre elas, dois ex-diretores da Petrobras e 23 réus ligados a seis das maiores empreiteiras do Brasil. Quinze fecharam acordo de delação premiada em troca de redução de pena. SUPERINTERESSANTE
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