quarta-feira, 4 de março de 2015

ESTADO ISLÂMICO QUEIMOU O PILOTO JORDANIANO VIVO.




TWITTER/REPRODUÇÃO @ZAIDBENJAMIN
O grupo Estado Islâmico (EI) publicou nesta terça-feira (03/02) um vídeo de um homem sendo queimado vivo em uma jaula e afirmou tratar-se do piloto jordaniano capturado após a queda de seu caça F-16 na Síria, em 24 de dezembro.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que, se comprovada a autenticidade do vídeo, esta seria mais uma prova da barbárie do EI, que controla extensas áreas de territórios no Iraque e na Síria.

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Pouco tempo após o anúncio da execução, a televisão oficial jordaniana afirmou que a morte do piloto Maaz al-Kassasbeh teria acontecido em 3 de janeiro. Uma declaração que indica que Amã já estaria ciente de sua execução.

Uma nova foto do piloto, vendado com um pano preto, foi exibida em um canto da tela, enquanto a emissora difundia cânticos patrióticos.

O governo jordaniano advertiu que a resposta do reino à morte de seu piloto seria "terrível" e o exército de Amã prometeu se vingar. A divulgação deste novo vídeo pelo EI ocorre três dias após a decapitação do jornalista japonês Kenji Goto. Um primeiro japonês já havia sido executado de maneira semelhante na semana anterior.

Nos últimos dias, Amã exigiu em vão em diversas ocasiões provas de que seu piloto ainda estaria vivo, antes de cogitar a libertação de uma jihadista iraquiana, Sajida Al-Rishawi, em troca de Goto e da vida do piloto. Após a notícia da morte do piloto, Amã anunciou que executará a prisioneira nesta quarta-feira.

Nas terríveis imagens do vídeo divulgado pelo EI, Kassasbeh aparece vestindo uma roupa laranja e trancado em uma jaula de metal. Um homem encapuzado e armado, descrito como um "emir de uma área bombardeada pela coalizão dos cruzados", pega uma tocha e ateia fogo à gasolina. As chamas se espalham rapidamente até atingir a jaula.

O torturado tenta, em vão, se proteger, antes de ser transformado em uma bola de fogo. Maaz al-Kassasbeh, um segundo tenente de 26 anos, acabava deixar a escola da Força Aérea Rei Hussein e tinha se casado recentemente, segundo o site jordaniano Saraya.

'Morte e destruição'

No vídeo, o EI fornece ainda os nomes, fotografias e endereços de pilotos jordanianos da coalizão internacional anti-jihadista, e oferece uma recompensa de "100 moedas de ouro" para aqueles que os assassinarem.

Enquanto a Casa Branca indicou que as agências de inteligência dos Estados Unidos trabalham para "confirmar a autenticidade" deste vídeo, o presidente Obama pediu que a comunidade internacional "redobre a vigilância e determinação" para lutar contra este grupo. "Esta organização se interessa apenas na morte e destruição", acrescentou o presidente americano.

A execução do segundo refém japonês, a segunda em uma semana, foi descrita como "desprezível" por Tóquio e fortemente condenada pela comunidade internacional, a começar por Washington, Paris e Londres. O Japão prometeu no domingo que não cederia ao terrorismo, apesar das execuções.

O grupo jihadista, acusado de limpeza étnica e crimes contra a humanidade pela ONU, tem multiplicado seus abusos, incluindo decapitações e sequestros nas áreas sob seu controle.
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