quinta-feira, 27 de novembro de 2014

10 CIDADES MAIS BIZARRAS DO MUNDO

Todos nós sabemos que o mundo é um lugar estranho. Os locais listados nesse artigo são mais uma prova de que “ainda não vimos tudo nessa vida”. Há mais cidades bizarras espalhadas pelo globo do que podemos imaginar, de uma atolada totalmente em lixo a outra exclusiva para atrações de circo aposentadas.
Confira:

10. Manshiyat Naser, Egito

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Em nenhum lugar do mundo o lixo é uma parte tão importante da economia quanto em Manshiyat Naser, cidadezinha próxima ao Cairo. O povo de lá vive do processamento do lixo dos 10 milhões de habitantes da capital do Egito. É uma vida dura: não há água encanada, esgotos ou eletricidade, e cada centímetro de espaço livre é ocupado com torres de entulho.
Os porcos que não foram abatidos durante o surto de gripe suína em 2009 vivem em cima da imundície de Manshiyat Naser. Em situação de extrema pobreza, as famílias da “Cidade do Lixo” tendem a se especializar em um tipo particular de detrito, com algumas coletando garrafas recicláveis, outras metal, e outras queimando o que podem para gerar calor.

9. Thames Town, China

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Parece estranho que o país mais populoso do mundo tenha tantos municípios fantasmas, mas eles existem, como Thames Town. Localizada a cerca de 32 km de Xangai, a cidade foi construída para se assemelhar a uma pitoresca vila inglesa, com mercados, pubs, ruas de paralelepípedos etc. Concluída em 2006, ela é quase vazia e possui um ar meio sombrio. A única coisa que torna Thames Town popular é que noivas adoram fazer fotografias de casamento com as casinhas de estilo inglês como pano de fundo.
Há outras cidades abandonadas com estilo europeu por toda a China, incluindo Tianducheng, construída para replicar Paris, com uma versão da Torre Eiffel com um terço do seu real tamanho.

8. Gibsonton, Flórida, EUA

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Circos e parques de diversões ambulantes sempre foram um negócio sazonal. Durante os meses de inverno, não há muito trabalho, e os funcionários de tais atrações móveis são obrigados a encontrar um lugar para ficar. Um de seus refúgios mais célebres nos EUA foi Gibsonton, uma pacata cidade que abraçou os residentes bizarros, adequando as leis de zoneamento para permitir que as pessoas tivessem animais exóticos e brinquedos enormes em sua propriedade. Até mesmo algumas taxas eram mais baratas para esses inquilinos.
Hoje em dia, a maioria dos artistas que já povoaram essa cidade da Flórida morreram, e ela se assemelha a qualquer outra, exceto por seus contos estranhos envolvendo gigantes, homens deformados e anões.

7. Zarechny, Rússia

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Na esteira da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética “fechou” muitas cidades com centros de pesquisa e fábricas de munições que alimentavam a máquina de guerra do país. Essas cidades eram literalmente removidas dos mapas, e a vida de seus moradores era severamente restringida.
Como a Rússia atual é (um pouco) menos assustadora do que sua antecessora, liberou muitas das cidades anteriormente fechadas. No entanto, várias permanecem “fora dos limites” para intrusos, incluindo Zarechny, uma cidade de pouco mais de 60.000 habitantes na parte ocidental do país. De acordo com o próprio site da cidade, Zarechny é uma “formação administrativo-territorial fechada”, estrategicamente importante já que componentes para armas nucleares são construídos por trás de seus muros. O maior empregador da cidade é Rosatom, uma empresa estatal que regula a tecnologia nuclear.
Enquanto Zarechny é cercada com muros e arame farpado e está oficialmente fechada para visitantes, existem benefícios para os que vivem dentro dela, incluindo uma melhor remuneração.

6. Rennes-le-Chateau, França

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Localizada nos Pirineus franceses, Rennes-le-Chateau é uma pequena aldeia católica. Uma vez um lugar pequeno habitado por cerca de 300 pessoas, foi visitada em 1885 por um pregador chamado François Bérenger Saunière. O padre empobrecido logo começou a exibir uma riqueza fabulosa e reconstruiu a igreja local, uma estrutura do século 11 dedicada a Maria Madalena. Um dos adornos mais bizarros que ele encomendou foi uma estátua do diabo segurando uma pia de água benta. Na entrada da igreja, estava escrito “Terribilis Est Locus Iste” (“Este lugar é terrível”). Na porta ao lado, ele construiu uma casa fabulosa para si mesmo.
A fonte de sua riqueza gerou uma controvérsia significativa. Pessoas afirmaram que ele tinha descoberto algum tesouro antigo que remontava às Cruzadas, ou então que tinha laços obscuros com o Vaticano. Outros acreditavam que ele tinha descoberto algum segredo sobre a vida de Cristo.
A conspiração em torno de Saunière até inspirou o autor Dan Brown a escrever o best-seller mundial “O Código Da Vinci”. O livro, por sua vez, levou a um enorme fluxo de turismo para a região, com caçadores de tesouros ávidos para cavar sepulturas. As coisas ficaram tão sérias que o cadáver de Saunière teve que ser exumado em 2004 e enterrado em um sarcófago de concreto. Os preços dos imóveis dispararam, e uma indústria turística cresceu em torno do romance e da estranha lenda de François Bérenger Saunière. No entanto, especialistas atribuem a riqueza de Saunière não a algum vasto tesouro secreto ou acesso ao Santo Graal, mas sim a boa e velha fraude. Ao que parece, ele aceitava dinheiro para orações e missas que nunca realizava.

5. Cidade do Xadrez, Elista, Kalmykia

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Entre as estepes áridas de Kalmykia, uma república da Rússia, vê-se uma cúpula gigante de vidro cercada por um bairro em estilo californiano. Essa é a “Cidade do Xadrez”, concebida por Kirsan Ilyumzhinov. O local possui várias esculturas com temática de xadrez. A cidade realizou alguns dos principais jogos do campeonato mundial ao longo dos anos, mas hoje o palácio está praticamente vazio, e a vizinhança em torno dele está em decadência.
O idealizador da vila é ainda mais estranho do que sua criação. Kirsan Ilyumzhinov afirma ter tido contato com aliens e diz que seu destino foi escrito para ele por um cego búlgaro psíquico chamado Babuska Vanga. Vanga disse que ele se tornaria presidente da Kalmykia e também da Federação Mundial de Xadrez. Ilyumzhinov assumiu o controle da república em 1993 e tornou-se chefe da Federação dois anos depois, quando iniciou seu grande plano para transformar suas terras em um país das maravilhas do xadrez. Exatamente de onde veio o dinheiro para construir a cidade (US$ 30 a 50 milhões) é desconhecido: Kalmykia é desesperadamente pobre. No entanto, os cidadãos da república podem não ter muito com que se preocupar. De acordo com Ilyumzhinov, os alienígenas vão um dia voltar e levar todos nós para longe deste lugar em suas naves espaciais.

4. Noiva do Cordeiro, Brasil

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Muitos dizem que o mundo seria melhor se as mulheres estivessem no seu comando. No sudeste do Brasil, é possível descobrir se esse é realmente o caso. Noiva do Cordeiro foi criada em 1891 por uma mulher chamada Senhorinha de Lima, depois que ela foi expulsa de sua própria comunidade por adultério. Este grupo rural de 600 habitantes é composto quase que inteiramente de mulheres. Apenas algumas delas têm maridos, a maioria dos quais trabalham na cidade de Belo Horizonte a cerca de 100 quilômetros de distância.
Esta comunidade é cercada por floresta e terrenos agrícolas verdejantes nos quais as mulheres trabalham. Elas são responsáveis por quase todos os aspectos da cidade, de questões religiosas a planejamento de eventos. No entanto, muitas sentem saudades de ter romance em suas vidas. Infelizmente, elas sabem que trazer homens para Noiva do Cordeiro poderia destruir o equilíbrio que conseguiram. Nelma Fernandes, residente de 23 anos de idade da cidade, disse: “Eu não beijo um homem há um longo tempo. Nós todas sonhamos em nos casar, mas primeiro eles [os homens] precisam concordar em fazer o que dizemos e viver de acordo com nossas regras”.

3. Neft Daslari, Azerbaijão

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Quando foi descoberto petróleo no Mar Cáspio no final dos anos 1940, a União Soviética construiu a primeira plataforma marinha do mundo. Como não havia precedentes, não havia um plano para esta estrutura. Ao longo dos anos, mais e mais foi acrescentado à ela, até que se tornou um complexo de plataformas de petróleo, estradas, pontes, portos, edifícios de apartamentos e até mesmo um cinema.
A estrutura labiríntica está ancorada ao fundo do mar por navios afundados e detritos industriais. Ela era um dos principais fornecedores de petróleo para a União Soviética, mas como novos campos de petróleo mais acessíveis foram descobertos, hoje o local assemelha-se a uma tentativa da humanidade de reconstruir uma cidade depois de algum evento apocalíptico – grande parte do complexo é inalcançável, as pontes que o ligam estão se desintegrando, alguns dos edifícios de apartamentos estão debaixo d’água etc.
A força de trabalho foi reduzida a uma fração do que era antes, mas um ar de sigilo continua a permear a estrutura. Por exemplo, se você vai for no Google procurar uma vista aérea de Neft Daslari, vai descobrir que ela não dá zoom. A instalação gerou tamanha intriga ao longo dos anos que foi destaque em 1999 no filme de James Bond “O Mundo Não é o Bastante”.

2. Najaf, Iraque

General view of the "Valley of Peace" cemetery in Najaf
Para aqueles que não possuem inclinações supersticiosas, viver ao lado de um cemitério pode ser bastante ideal. A vizinhança será tranquila e provavelmente ninguém vai pedir seu cortador de grama emprestado. Caso você seja medroso, no entanto, não considere morar em Najaf, no Iraque.
Esta cidade é o lar de Wadi Al-Salam, o maior cemitério do mundo. Com quase o dobro do tamanho do Central Park em Nova York, ele é o lugar de descanso final de cerca de cinco milhões de almas. Enterros ali são realizados em uma base diária por mais de 1.400 anos.
Porém, com guerras e confusões matando inocentes em todo o país há muito tempo, Wadi Al-Salam está cada vez mais lotado. Cerca de 200 cadáveres chegam a esta necrópole antiga a cada dia – isso para quem pode usufruir desse luxo. Como enterros custam caro, famílias desesperadas já chegaram a velar seus mortos debaixo de calçadas.

1. Auroville, Índia

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A maioria das tentativas humanas de criar utopias acabou mal. Uma relativamente bem-sucedida, no entanto, é Auroville, na Índia, fundada em 1968 por Mirra “A Mãe” Alfassa. Hoje, a cidade é o lar de mais de 2.000 pessoas de todo o mundo. Ninguém é dono da propriedade, e quase nenhum dinheiro é trocado. Não há nenhum líder ou qualquer conjunto de regras.
De acordo com seu site, “Auroville quer ser uma cidade universal onde homens e mulheres de todos os países são capazes de viver em paz e harmonia acima de todos os credos, todas as políticas e todas as nacionalidades. O propósito de Auroville é a unidade humana”.
O centro da vila é um templo maciço chamado de “Matrimandir”. É uma cúpula geodésica envolta em discos de ouro. O local não defende nenhuma religião em particular e é aberto ao público. Toda a cidade é bastante amigável ao turismo e tem muitas pousadas e restaurantes para aproveitar durante uma estadia na região.

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