segunda-feira, 27 de abril de 2015

8 MEDOS HILÁRIOS QUE ATRASARAM O PROGRESSO DA HUMANIDADE.

8. Um dia disseram que a iluminação de rua iria destruir o nosso conceito de dia e noite

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Por milênios, as noites pertenciam a assassinos, pervertidos e ladrões. Naquela época, o pôr do sol era considerado tipo um toque de recolher. As pessoas corriam de volta para suas casas, trancavam as portas e se escondiam debaixo das cobertas, com velas acesas esperando o sol nascer de novo.
A vida era assim até que algumas cidades surgiram com a ideia de iluminação pública, que foi originalmente feita com lâmpadas de gás ao longo das ruas. Além dos benefícios de segurança pública, as pessoas puderam pode finalmente sair de casa sem carregar uma tocha flamejante como se estivessem a caminho de atacar o castelo do Frankenstein.
Quem iria reclamar de uma evolução dessas? Muitas pessoas.
Inclusive muitas autoridades, que se opuseram à essa ideia por razões que vão desde problemas de saúde até implicações teológicas. SIM, também estou chocada.
Por um lado, as pessoas tinham medo de que manter cidades iluminadas após o sol se por criaria uma crise de saúde, como cidadãos que perderiam a hora de dormir perambulando pelas ruas – e isso naturalmente levaria a uma epidemia de resfriados (?).
Quem mais?
Sempre que o assunto é algum tipo de pânico social, tem um personagem que sempre bate cartão. Claro, a Igreja Católica.
Ela se opôs à iluminação pública alegando que Deus muito claramente estabeleceu a delimitação entre o dia e a noite, e colocar luzes após o anoitecer era como cuspir no rosto de Jesus. Em 1831, o Papa Gregório XVI foi ainda mais longe em proibir iluminação a gás nos estados papais, temendo que as horas extras de visibilidade permitiriam uma rebelião contra a Igreja.
Sem surpresa, ele foi incapaz de combater um dos avanços mais básicos e óbvios da civilização humana e, hoje, somos capazes de reclamar de muita luz enquanto estamos tentando dormir um pouco (POR QUE TODOS NOSSOS ELETRÔNICOS BRILHAM NO ESCURO MESMO?).

7. Usar paraquedas era considerado “covardia” entre pilotos dos Aliados

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Em uma lista de equipamento essencial para um piloto de caça, um paraquedas provavelmente estaria no topo. Mas, durante a Primeira Guerra Mundial, quando tínhamos acabado de descobrir como montar aviões com armas para matar outros aviões, comandantes aliados proibiram o uso de paraquedas por seus homens, temendo os possíveis efeitos que tais medidas salva-vidas poderiam ter.
Comandantes aliados, em geral, acreditavam que se um piloto soubesse que tinha mesmo uma chance de sobreviver, ele seria menos propenso a tentar salvar a missão.
E como os aviões biplanos da Primeira Guerra eram construídos principalmente de madeira, lona e a bênção de um sacerdote, ficar no ar e pousar com segurança era basicamente um milagre para começar.
Com o uso do paraquedas proibido, muitos pilotos tinham apenas um futuro possível: queimar vivo e cair rezando para que a queda os matasse rapidamente.
Cruel
Para diminuir o sofrimento, eles carregavam um revólver de serviço na cabine de comando, com uma bala na câmara.
A política contra o paraquedas permaneceu em prática entre os aliados durante toda a guerra e vários anos depois. Pilotos alemães, por outro lado, descaradamente usavam seus paraquedas desde 1916.

6. Alguns temiam que para-raios impediriam a ira de Deus

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A humanidade sempre viveu sob a tirania de um relâmpago que, desde os dias de Zeus, tem sido considerado um claro e direto “f*d*-se” do céu. Então, em 1749, o estadista americano e inventor Benjamin Franklin criou o que hoje conhecemos como para-raios.
O para-raios de Franklin levantou um dedo médio gigante para os céus, redirecionando os ferrolhos inofensivamente para o chão. No entanto, este foi um momento em que um raio ainda era visto basicamente como a responsabilidade dos demônios, e os para-raios foram acusados de causar um terremoto de 1755 em Massachusetts, nos Estados Unidos, devido ao redirecionamento dessas emissões demoníacas para a crosta da Terra.
Da mesma forma, na Boêmia, o padre Prokop Divis tinha inventado um dispositivo semelhante e proporcionado sua instalação ao longo de aldeias vizinhas; logo, os para-raios foram acusados de causar secas por, de alguma forma chocante, jogar a umidade para fora da terra.
Em 1756, para-raios foram derrubadas por multidões de camponeses irritados.
Enquanto isso, em Boston, a invenção de Franklin foi denunciada pelo clero protestante como “varas heréticas” que abriam as portas do castigo divino sobre a cidade, proporcionando relâmpago com um caminho de menor resistência, impedindo assim a ira de Deus de ferir seus pecadores destinados.
Ironicamente, estas varetas de fúria justa sempre pareciam ignorar pubs, casas de jogo e prostíbulos para bater apenas em igrejas – que eram geralmente os edifícios mais altos em qualquer cidade, e muitas vezes tinham gigantes sinos de metal em suas torres.

5. Alguns insistiam que turbinas eólicas podiam causar ansiedade e náuseas

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A energia eólica fornece a países como a Dinamarca e Alemanha algo em torno de 10 a 20% de sua produção de energia, tudo isso sem poluir o meio ambiente. Mas, em alguns lugares, como nos Estados Unidos (QUEM DIRIA!?) e na Austrália, planejar a construção de turbinas eólicas é um pepino, porque alguns disseminam o medo de um bicho-papão de saúde conhecido como “síndrome da turbina de vento”.
Cada coisa…
De acordo com os sofredores, estar perto de turbinas eólicas pode desencadear toda uma infinidade de sintomas vagos, como vertigem, ansiedade, palpitações, náuseas e até esquecimento. Além disso, de acordo com a pesquisa científica, isso não é uma coisa que de fato exista, apesar de dezenas de processos judiciais tentarem argumentar que essas sensações de mal-estar são atribuíveis a um ventilador gigante.
Vítimas autoproclamadas de turbinas eólicas teorizam que é o zumbido de baixa frequência das lâminas o grande vilão da história. Muitas vezes, ele é baixo demais para realmente ser percebido pelo ouvido humano, mas de qualquer forma “perturba” a sua harmonia corporal.
Para testar esta teoria, os cientistas educaram um grupo de pessoas sobre os supostos perigos de sons de baixa frequência e, em seguida, colocaram essas pessoas em uma sala em que receberam o real “infrassom”, ou então receberam silêncio total que lhes foi dito como tal. O resultado foi que as pessoas registraram um pico de ansiedade tanto quando foram expostas ao som, quanto quando apenas acreditavam que tinham sido.
Isto significa que a “síndrome da turbina de vento” é provavelmente apenas um efeito psicológico, que é irmão do efeito placebo.

4. Música polifônica foi chamada de ferramenta do diabo

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Na igreja medieval, a única música que era autorizada a tocar na casa de Jesus era o canto gregoriano solene que, ao mesmo tempo que é bonito em sua própria maneira, é estritamente monofônico. Ou seja, as pessoas estão sempre cantando a mesma nota o tempo todo.
Mas, nos séculos 13 e 14, houve uma crise teológica entre jovens músicos liberais que começou a infectar a santidade da igreja com o barulho do Diabo: a tal da música polifônica. O que significa que havia mais do que um instrumento sendo utilizado, e que cada músico estava fazendo suas própria harmonia, ou o que as pessoas da época costumavam chamar de orgia musical.
Você pode reconhecer isso como praticamente a base de toda a música de hoje, com exceção de seu despertador – e olhe lá.
O Papa proibiu!
Assim que o Papa João XXII ouviu tamanha heresia musical, proibiu imediatamente a produção de melodias polifônicas, insistindo que elas iriam “intoxicar a orelha sem satisfazê-la”. Queira muito entender o que ele quis dizer com isso.
A música ainda poderia criar uma “atmosfera sensual e indecente” na missa: o temor era que, momentos depois que a banda começasse a tocar um destes hinos desordenados, toda a congregação estaria rolando nua entre os bancos achando que estava em uma festa de aniversário na casa de Calígula.
E, não, caso você esteja se perguntando, não há nada sobre esse tipo de proibição na Bíblia.
A música polifônica foi amplamente rechaçada pela Igreja até meados dos anos 1500, quando a “Missa Papae Marcelli” foi composta. Um sofro de música polifônica sacudiu o vaticano e o Papa Marcelo II decidiu que esta missa, escrito em sua homenagem, era muito bonita e deveria ser tocada, sim.

3. Críticos se preocupam que a Ponte Golden Gate, conhecida por um incrivelmente alto número de suicídios, fique feia

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A Ponte Golden Gate é um dos destinos de suicídio mais populares do mundo, o que não é uma reivindicação que San Francisco, nos Estados Unidos, faz em seus folhetos de viagem. Entre 50 e 100 pessoas tentam saltar dali para a morte por ano, e embora nem todo mundo consiga de fato morrer (porque a água tende a amaciar a queda melhor do que o concreto), em 2013 foi registrado um número alto de mortos na ponte, com 46 suicídios “de sucesso”.
Quando a cidade decidiu que bastava dessa palhaçada de ser destino de morte, os governantes investiram 76 milhões de dólares para a construção de uma rede de segurança sob a ponte, que teria o objetivo de pegar supostos suicidas e potencialmente salvar dezenas de vidas todos os anos.
Infelizmente, o plano foi travado pela comunidade local. Por que as pessoas se opõem a uma rede de suicídio na ponte de suicídio mais popular do mundo? Porque ela tem gosto duvidoso e deixa o visual da construção feio. SÉRIO? Sério.
Depois de pesquisar entre os cidadãos de San Francisco o que eles achavam sobre esse projeto, a maioria dos entrevistados totalmente rejeitou o plano devido ao medo de que a tal rede pudesse estragar a estética perfeita da ponte.
A culpa não é da ponte
Um dos argumentos mais populares é que as pessoas que optam por cometer suicídio estão indo para fazê-lo de qualquer maneira, não importa os esforços para detê-los.
Mas a pesquisa mostra que isso simplesmente não é verdade. O suicídio é mais frequentemente uma decisão por impulso. No caso específico de pontes, tem sido demonstrado que, quando as pessoas são impedidas de saltar devido a uma barreira ou líquido, a grande maioria deles aborta seus planos.

2. Os primeiras ciclistas tinham uma doença chamada “cara de bicicleta”

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A Era Vitoriana viu uma revolução na recreação com a invenção do “velocípede”, que é o que eles costumavam chamar uma bicicleta. Vitorianos de todas as classes ficavam muito satisfeitos com a ideia de um modo de transporte muito mais eficiente do que tentar andar a pé em qualquer lugar com 10 camadas de roupa, e ainda ficar em forma.
As mulheres usavam o transporte deliberadamente, mas a visão de meninas passeando livremente, não acompanhadas por homens, criou um problema com todos os monóculos que se proliferavam nas ruas. Em breve, os médicos começaram a alertar que essa geringonça diabólica era perigosa, especificamente devido a uma condição potencial para a saúde que, com toda a seriedade possível, era chamada de “cara de bicicleta”.
O pensamento era de que, devido à incapacidade de uma mulher de competentemente dirigir qualquer tipo de dispositivo com partes móveis, ou realmente manter a função motora básica humana sem desmaiar em um sofá posicionado estrategicamente, a complicada tarefa de manter o equilíbrio em uma bicicleta e, ao mesmo tempo, tentar pedalar iria causar estragos na sua postura delicada, e o estresse iria desfigurar seus rostos permanentemente.
Os horrores da “cara de bicicleta” incluíam senhoras com a tez pálida, lábios apertados, sombras escuras ao redor dos olhos, e uma expressão permanentemente cansada, devido à intensa concentração exigida apenas para permanecerem vivas.
Alguns médicos mais igualitários tentaram reformar o projeto da bicicleta, como a posição do guidão, em uma tentativa de torná-los mais acessíveis às mulheres sem transformá-las em trolls hediondos, enquanto outros doutores recomendaram que os homens simplesmente não deixassem que suas mulheres nem chegassem perto de bicicletas se quisessem permanecer capazes de olhá-las à luz do dia.
Mas e se a mulher fosse do tipo teimosa?
No caso de sua senhora simplesmente insistir em pedalar por aí loucamente, praticando esse passatempo esteticamente perigoso, os jornais publicaram colunas de conselhos elas desfrutarem de seus velocípedes com um efeito mínimo negativo. Os conselhos incluíam “não gritar se você ver uma vaca” e “não tentar perguntar a cada homem que você vê o que ele pensa da sua roupa”.

1. Chegaram a alegar que uma viagem de trem poderia desintegrar as pessoas

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Na década de 1820, o sonho da humanidade era viajar grandes distâncias em uma apertada lata de sardinha, altamente poluente, que conhecemos como locomotiva a vapor.
É impossível exagerar o quão grande era sua capacidade de viajar e/ou transportar mercadorias a uma velocidade mais rápida do que um trote animal de carga. Essa tecnologia encurtou distâncias. Eliminou fronteiras. Impulsionou economias. Enfim.
Além disso, de repente as pessoas podiam visitar lugares distantes sem se preocupar em ficar atoladas na pradaria e terem que comer seus companheiros de viagem. Parece bom, não?
Nem todo mundo ficou emocionado com essa ideia, no entanto.
Qual era o problema?
Especificamente, as pessoas estavam preocupadas com os efeitos que viajar a velocidades insondáveis de até 30 km/h poderiam causar sobre o frágil corpo humano.
Propagandistas anti-trem alertaram que subir a bordo de uma dessas armadilhas de morte poderia, no pior dos casos, fazer com que o corpo humano se desintegrasse sob o estresse de viajar a velocidades que, nos dias de hoje, fariam você quer puxar uma arma e atirar em si mesmo.
Temia-se que os homens ficassem asfixiados, e as mulheres sofressem uma morte ainda mais violenta devido a seu corpo mais frágil.
Na verdade, houve até preocupações de que simplesmente ver um trem viajando prejudicaria o ambiente e levaria as pessoas à loucura. O medo era que um trem em movimento iria arruinar colheitas, coalhar o leite das vacas e até mesmo induzir uma forma de insanidade chamada de “delirium furiosum”.
Foi, na verdade, recomendado que barreiras de 2 metros fossem erguidas ao lado dos trilhos para proteger as pessoas de ver os trens e ficarem insanas. 

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