Vai pular carnaval? Então esteja preparado para arriscar a saúde ao
dividir um copo de cerveja ou beijar muito. Na sexta-feira (5/2), a
Fundação Oswaldo Cruz informou a descoberta de Zika vírus em amostras de
saliva e de urina. Ainda é cedo para dizer se a transmissão foi feita
pelo mosquito Aedes aegypti ou se ocorreu por troca de saliva.
Entretanto, a atividade viral nas amostras foi capaz de causar danos
reais às células de teste. A saliva muitas vezes serve como meio de transporte para vírus e
bactérias expelidas pelas vias respiratórias, como explica a
infectologista Anna Sara Levin, doutora do Departamento de Moléstias
Infecciosas e Parasitárias da Universidade de São Paulo (USP). A única
forma de evitar infecções desse tipo é lavar as mãos com bastante água
e tentar não falar muito perto das pessoas. Mas a médica ameniza o
alarmismo: ?Se for evitar beijar devido a essas doenças, você não vai
beijar mais ninguém?. Abaixo, segue uma lista de doenças que você pode pegar entrando em contato com a saliva de alguém:
1. Mononucleose
Na maioria dos casos, essa infecção é assintomática, ou seja, não
mostra qualquer sinal. A mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr,
também chamado de ?doença do beijo? (ou ?febre do beijo?). Porém, em
algumas situações o vírus causa febre, dor de garganta e gânglios,
inflamações que se espalham pelo pescoço e até axilas. Não há como
curá-la. Se ela se manifestar, o jeito é repousar, deixar de ir a alguns
blocos de carnaval e tomar antitérmicos para aliviar.
2. Caxumba
Causa inchaços no pescoço e perto das orelhas. Também provoca dores
de cabeça, febre e dor ao mastigar e engolir. O paramyxovirus, causador
da caxumba, demora de duas semanas a quase um mês para se manifestar, e
seu principal meio de infeção é o contato com secreções de uma pessoa
infectada (sim, como em um beijo). Também não há muito que fazer: a
doença é combatida sozinha pelo organismo. No máximo, dá para tomar
remédios para reduzir dores de cabeça e febre.
3. Candidíase (sapinho)
Causado por uma infecção relacionada a fungos, a candidíase oral é
passada por beijo ou relação sexual. Ela cria "placas removíveis", como
descreve o Ministério da Saúde, que espinhas esbranquiçadas na boca.
Para eliminar esses fungos inconvenientes, é preciso passar por um
médico e tomar antifúngicos de uma a duas semanas.
4. Herpes simples
Não adianta correr. Uma vez com herpes, sempre há chance de que ela
faça um retorno triunfante. Causada pelo vírus HSV, ela se manifesta por
meio de pequenos lesões no canto da boca e em outras regiões do corpo. O
vírus da herpes tipo-2 é contraído por contato intimo com uma pessoa
infectada. É uma doença considerada de difícil combate. O tratamento é
feito com antivirais por cinco dias em casos primários. Se a herpes se
manifestar pela segunda vez, o recomendado é dobrar a dose. Uma crise de
herpes pode durar de 7 a 15 dias.
5. Catapora
Ainda que um bloco de Carnaval não seja o jardim de infância, existe todo um cenário propício para o vírus Varicella-Zoster dar
o ar da graça. Sim, a varicela, ou catapora, pode ser transmitida pela
saliva. As centenas de bolinhas no corpo surgem após 10 dias de
hibernação no organismo, causando febre e mal-estar. Em adultos
costuma ser mais agressiva, evoluindo para o quadro de Herpes Zoster.
Nesse caso, é preciso ingerir antialérgicos e tomar banhos seguidos com
permanganato de potássio, um composto que elimina as bactérias mais
superficiais e ajuda no tratamento. Em casos de portadores de HIV, a
Herpes Zoster pode ser a porta de entrada para infecções mais graves que
podem levar até à morte.
6. Gripe
O vírus influenza provoca febre alta, dores de cabeça,
coriza e fraqueza no corpo. É comum que se vença uma gripe usando
antitérmicos, alimentação leve, hidratação e muitas cochiladas para
repor as energias. Caso se torne um caso de pneumonia, é preciso ingerir
antivirais.
Fazer renascer um membro amputado não é grande coisa – pelo menos
para uma estrela do mar ou uma salamandra, criaturas que são bem
conhecidas por usar “superpoderes” regenerativos para substituir membros
desaparecidos e caudas. Mas eles não são os únicos animais que podem
reconstruir partes do corpo que são destruídas ou danificadas. Veados
podem ter 30 quilogramas de suas galhadas regeneradas em apenas três
meses. O peixe-zebra pode regenerar o próprio coração, enquanto
platelmintos já demonstraram a capacidade incrível de regenerar suas
próprias cabeças.
Para os seres humanos, no entanto, o que é perdido é perdido – ou será que não? As células individuais em nosso corpo estão constantemente sendo
substituídas conforme se desgastam, um processo que diminui com o
envelhecimento, mas continua durante toda a vida humana. Você pode até
mesmo observar esta regeneração frequente e visível em um dos seus
órgãos: a sua pele. Na verdade, os seres humanos deixam para trás toda a
sua camada exterior de pele a cada duas a quatro semanas. Nós temos uma
perda de cerca de 510 gramas de células de pele por ano, de acordo com a
American Chemical Society. No entanto, regenerar órgãos completos e partes do corpo, uma prática
comum entre os senhores do tempo da série “Doctor Who”, está fora do
âmbito da biologia humana. Mas, nos últimos anos, os cientistas
cultivaram com sucesso uma variedade de estruturas do corpo humano,
estruturas que foram testadas com sucesso em animais e órgãos de pequena
escala conhecidos como “organoides”, que são utilizados para estudar a
função e a estrutura desses órgãos em um nível de detalhes que antes era
impossível. Aqui estão alguns exemplos recentes:
Tubas uterinas
Usando células-tronco, os cientistas do Instituto de Biologia Infecciosa
Max Planck, em Berlim, cultivaram a camada celular mais interna das
tubas uterinas humanas, as estruturas que ligam os ovários e o útero. Em
um comunicado divulgado em 11 de janeiro, os pesquisadores descrevem
que os organoides resultantes partilham dos recursos e formas que são
específicos das tubas uterinas naturais.
Mini cérebro
Um cérebro do tamanho de uma borracha de lápis foi cultivado a partir de
células da pele por cientistas da The Ohio State University (OSU), nos
EUA, e é estruturalmente e geneticamente similar ao cérebro de um feto
humano com 5 semanas de idade. O organoide tem neurônios com extensões
de sinal de transporte como axônios e dendritos funcionando. Na foto da
mini cérebro, etiquetas identificam estruturas que são normalmente
encontradas em um cérebro fetal.
Mini coração
Pesquisadores fizeram com que células-tronco se transformassem em
músculo cardíaco e tecido conjuntivo e, em seguida, organizaram em
câmaras pequenas e o fizeram “bater”. Em um vídeo da realização, as
células do músculo cardíaco (indicado pelo vermelho no centro) estão
batendo, enquanto o tecido conjuntivo (anel verde) assegura que o mini
coração se mantenha no recipiente onde ele cresceu. Kevin Healy,
professor de bioengenharia da Universidade da Califórnia, nos EUA, e
coautor do estudo, disse em um comunicado: “Essa tecnologia poderia
ajudar-nos rapidamente no rastreio de drogas suscetíveis a gerar
defeitos congênitos cardíacos, e orientar as decisões sobre quais as
drogas são perigosas durante a gravidez”. A pesquisa foi publicada março
2015 na revista Nature Communications.
Mini rim
Uma equipe de cientistas australianos desenvolveu um mini rim,
diferenciando as células-tronco para formar um órgão com os três tipos
distintos de células do rim pela primeira vez. Os pesquisadores
cultivaram o organoide em um processo que seguiu o desenvolvimento
normal do rim. Na imagem, as três cores representam os tipos de células
do rim que formam os nefrônios, as diferentes estruturas dentro do rim.
Pesquisadores de várias instituições colaboraram para desenvolver
organoides pulmonares em 3D, que desenvolveram brônquios, ou estruturas
das vias aéreas, e sacos pulmonares. “Estes mini pulmões podem imitar as
respostas dos tecidos reais e serão um bom modelo para estudar como os
órgãos se formam e mudam com as doenças, e como eles podem responder a
novas drogas”, explica Jason R. Spence, autor sênior do estudo e
professor assistente de medicina interna e biologia celular e de
desenvolvimento da Universidade de Michigan, nos EUA. Os mini pulmões
sobreviveram em laboratório por mais de 100 dias.
Mini estômago
Mini estômagos que levaram cerca de um mês para ser cultivados em uma
placa de Petri formaram “estruturas ocas em forma oval” que
assemelham-se a uma das duas seções do estômago, afirma Jim Wells,
coautor do estudo e professor de biologia do desenvolvimento no Hospital
Infantil de Cincinnati, nos EUA. Wells disse ao site Live Science que
os pequenos estômagos, que mediam cerca de 3 milímetros de diâmetro,
seriam especialmente úteis para os cientistas que estudam os efeitos de
uma determinada bactéria que causa a doença gástrica. Isso ocorre porque
as bactérias se comportam diferentemente em outros animais, disse ele.
Vagina
Em abril de 2014, um estudo publicado na revista The Lancet descreveu os
transplantes bem sucedidos de vaginas cultivadas em laboratório,
criadas a partir do cultivo das células das pacientes em uma estrutura
em forma de vagina. Os transplantes, realizados há vários anos em quatro
meninas e mulheres jovens entre as idades de 13 e 18 anos, corrigiram
um defeito congênito em que a vagina e o útero eram ausentes ou
subdesenvolvidos. As adolescentes foram examinadas anualmente por oito
anos após os transplantes, tempo durante o qual os órgãos funcionaram
normalmente, permitindo relações sexuais sem dor.
Pênis
Cientistas do Instituto Wake Forest de Medicina Regenerativa, nos EUA,
usaram células de coelhos para desenvolver tecido peniano erétil,
transplantaram os pênis cultivados em laboratório em coelhos machos,
que, em seguida, acasalaram com sucesso. Mas o processo ainda está em
fase experimental, e a aprovação pelos órgãos responsáveis é necessária
para que a equipe desenvolva o seu trabalho e incorpore tecidos e
indivíduos humanos. O Instituto de Medicina Regenerativa das Forças
Armadas dos EUA está fornecendo dinheiro para o estudo, uma vez que a
pesquisa pode beneficiar soldados que sofreram lesões na virilha em
combate.
Na Universidade de Medicina de Kuban, em Krasnodar, Rússia, uma equipe
internacional de cientistas construiu um esôfago através do crescimento
de células-tronco em uma estrutura durante três semanas. Eles, então,
implantaram com sucesso o órgão em ratos. Os cientistas testaram a
durabilidade do novo esôfago ao inflá-lo e desinflá-lo por 10.000 vezes,
ao implantar as estruturas artificiais em 10 ratos e ao substituir até
20% do órgão original dos animais.
Orelha
Cientistas “imprimiram” orelhas humanas, cultivando-as através do
revestimento de formas de orelha moldadas com células vivas que
cresceram ao redor da moldura. Os pesquisadores criaram o molde em forma
de orelha pela modelagem da orelha de uma criança usando um software 3D
e, em seguida, enviaram o modelo para uma impressora 3D. Uma vez que os
cientistas tiveram o molde na mão, eles injetaram um coquetel de
células do ouvido e colágeno vivo de vacas, e disso saiu uma orelha. As
orelhas fabricadas foram em seguida implantadas em ratos durante um a
três meses, enquanto os cientistas avaliaram as mudanças no tamanho e
forma conforme os órgãos cresciam.
Células do fígado
O fígado, o maior órgão dentro do corpo humano, é capaz de grandes
feitos de reparação e regeneração, enquanto em seu devido lugar. Do lado
de fora do corpo, o órgão é um desafio; tem-se revelado extremamente
difícil para os cientistas desenvolver as células do fígado, chamadas
hepatócitos, e mantê-las vivas. Pela primeira vez, cientistas da
Alemanha e de Israel cultivaram com êxito hepatócitos em laboratório. A
pesquisa foi publicada em 26 de outubro de 2015, na revista Nature
Biotechnology. Apesar de não ser um órgão propriamente dito (ou até
mesmo um organoide), esta evolução fornece implicações promissoras para o
estudo clínico, com Yaakov Nahmias, diretor do Centro de Bioengenharia
Alexander Grass da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor principal
do estudo, descrevendo-a em uma declaração como “o Santo Graal da
pesquisa sobre o fígado”. [Live Science]
Professores que exercem função de magistério fora da sala de aula podem se beneficiar da aposentadoria especial.
Esse foi o entendimento do desembargador Luiz Eduardo de Sousa, do
Tribunal de Justiça de Goiás, ao reconhecer o benefício para um
professor da rede municipal de Goiânia.
A aposentadoria especial reduz em cinco anos o tempo de contribuição do trabalhador.
O professor disse que, em mais de 30 anos no serviço público, exerceu
as funções de auxiliar de sala de leitura, auxiliar de apoio
educacional, supervisor, orientador de projeto e coordenador de turno.
Por isso, apresentou Mandado de Segurança para ter o direito
reconhecido. O município recorreu, alegando ausência de direito líquido e certo do
autor do processo. A prefeitura afirmou que o servidor deveria ter
exercido plenamente as funções estabelecidas no artigo 67 da Lei
11.301/2006, que são as de professor regente, diretor ou coordenador
pedagógico. O desembargador, porém, considerou que o professor merece a
aposentadoria especial. Em decisão monocrática, Sousa disse que as
funções exercidas, “embora não adstritas ao âmbito da sala de aula,
guardam relação com a atividade de docência, tanto é que foram
desempenhadas no ambiente escolar.” O relator apontou que o Supremo Tribunal Federal e o Superior
Tribunal de Justiça já decidiram em casos semelhantes que professores
que exercem atividades-meio ou fins do ensino têm direito à
aposentadoria, “em prol da valorização dos profissionais do ensino básico”.
É importante salientar que o INSS exige comprovação da atividade como
professor. Para mais detalhes observe as regras descritas na Instrução
Normativa nº 077/PRES/INSS de 21.01.2015 conforme abaixo:
Art. 239. A aposentadoria por tempo de contribuição será
devida ao professor que comprovar, exclusivamente, tempo de atividade
exercida em funções de magistério em estabelecimento de educação básica,
bem como em cursos de formação autorizados e reconhecidos pelos Órgãos
competentes do Poder Executivo Federal, Estadual, do Distrito Federal ou
Municipal, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996 e alterações posteriores, após completar
trinta anos se homem e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher,
independentemente da idade, e desde que cumprida a carência exigida para
o benefício.
Alguma duvida sobre o seu direito? Entre em contato conosco: diegocastroadv@outlook.com Fonte: Conjur
Ele é grande e pequeno ao mesmo tempo. Pequeno porque
consiste de apenas um planeta orbitando ao redor de uma estrela. Grande
porque a distância que separa os dois é de 1 trilhão de
quilômetros. Isso dá quase 7 mil vezes a distância entre a Terra e o
Sol, que já é de respeitáveis 150 milhões de km.
Mais: Netuno, o planeta mais distante do nosso sistema,
está a 4,5 bilhões de quilômetros do Sol. Em outras palavras: cabem 222
conjuntos Sol-Netuno na distância entre o planeta 2MASS J2126-8140 e sua
estrela, a TYC 9486-927-1. "Surpreendeu-nos muito encontrar um objeto
de massa baixa tão longe da sua estrela mãe", disse o pesquisador Simon Murphy, da Universidade Nacional Australiana.
Wiki commons
Se esse fosse o nosso sistema solar, você nunca teria a
chance de fazer um aniversário: um ano lá representa 900.000 dos nossos.
A órbita de Netuno, por exemplo, leva "só" 165 anos para dar uma volta
completa ao redor do Sol. Na verdade, se o 2MASS J2126-8140 estivesse
orbitando o Sol, nós provavelmente nem o teríamos descoberto ainda. O novo planeta que os cientistas dizem ter encontrado
fica entre 32 e 160 bilhões de quilômetros de distância. Se levamos
esse tempo todo para descobrir esse possível novo integrante, imagina
um 30 vezes mais longe.
Até agora, os astronômos imaginavam que o 2MASS J2126-8140 e
a TYC 9486-927-1 eram corpos completamente separados, sem nenhuma
relação. A distância é tão grande que eles não chegaram a imaginar que
ambos poderiam formar um sistema. "O planeta não é tão solitário quanto
imaginávamos, mas certamente está em um relacionamento de longa
distância", comenta Murphy.
O sistema solar considerado o maior antes da novidade era três vezes
menor. "Como sistemas planetários tão grandes se formam e sobrevivem
ainda é uma questão em aberto", diz o cientista. Ou seja: não fazemos ideia de como ou por que essa aberração está ali. Mas ela está.
Às vezes, vencer uma guerra significa ser um pouco mais louco do que o
inimigo. Afinal, é bom preservar o elemento surpresa, e como o
adversário já está preparado para qualquer arma convencional, é preciso
ousar um pouco e esperar que funcione, como…
Lá atrás, quando viagens aéreas eram algo novo e perigoso, vários
militares tentaram desenvolver porta-aviões que voassem, sem muito
sucesso. Na União Soviética, uma ideia maluca meio que funcionou: eles
decidiram “amarrar” pequenos aviões em um muito maior. A foto acima é resultado do projeto Zveno de Stalin, que consistia em
dar novos usos a bombardeiros russos ou pousá-loscolossais como o Tupolev TB-3 – no
caso, transportar até seis caças-bombardeiros Polikarpov I-16. Todos os
aviões tinham que acionar seus motores só para a gerigonça decolar.
O avião maior conseguia levar os bombardeiros menores para alvos que
normalmente estariam fora de seu alcance, dando aos russos uma boa
vantagem. No local certo, os bombardeiros podiam se separar do Tupolev
e, depois de cumprir seu papel, os pilotos podiam tentar recolocá-los no
avião maior em pleno voo nas proximidades. Sim, tal façanha foi realizada pelo menos em 30 ataques antes dos aviões serem aposentados.
No final de 1930, Hitler encarregou o fabricante de armas Rheinmetall de
desenvolver um morteiro com um calibre de 600 milímetros. O resultado
foi Karl-Gerát, com um motor diesel de 580 cavalos de potência capaz de
levá-lo a uma velocidade máxima de quase 10 km/h. Isso pode não soar muito impressionante, mas o ritmo lento de viagem é
compensado pelo fato de que o obus autopropulsado (a maior arma
autoautopropulsada já feita) tinha uma munição pesada de 2170 kg e 60 cm
de diâmetro. O alcance do seu projétil mais leve (1250 kg) era de pouco
mais de 10 km. Veja o tamanho de tal munição, não detonada, encontrada no edifício
Prudential em Varsóvia, Polônia, depois da Revolta de Varsóvia de 1944: E veja o que as munições que realmente explodiram como pretendido fizeram com o referido edifício: O morteiro foi usado em outros ataques, mas hoje só existe um para
contar a história, que fica no museu Kubinka Tank Museum, na Rússia.
Concebido em 1936 e tendo entrado em serviço por volta de 1940, o Blohm
& Voss BV 138 foi um veículo alemão com uma crise de identidade. Era
um barco? Era um avião? Era a prova definitiva de inteligência
extraterrestre? Bem, ele foi, pelo menos, os dois primeiros. E só para ficar mais
estranho, ele tinha três motores aéreos e o que parecia um bambolê em
torno da coisa toda, porque quem não gosta de bambolês? A principal missão do BV 138 era reconhecimento, encargo no qual se
destacou por ser o primeiro barco voador manobrável o suficiente para
evitar tornar-se queijo suíço ensopado ao primeiro sinal de uma
metralhadora inimiga. Surpreendentemente, a versão mencionada acima foi a variante mais
impressionante e bizarra do veículo. Não tinha armas, justamente para
dar espaço para o bambolê louco, que era na verdade uma bobina de
desmagnetização concebida com o propósito de deslizar sobre a superfície
da água e explodir minas navais com a magia do magnetismo.
À primeira vista, o De Havilland DH 98 “Mosquito” não parece mais
ridículo do que qualquer outra aeronave militar da Segunda Guerra
Mundial. Mas o diferencial deste veículo da Força Aérea Real britânica é
que ele é feito do mesmo material que aquela estante de livros que você
comprou e parece sempre estar à beira do completo colapso: madeira
compensada. Os britânicos precisavam de uma aeronave de combate multifunção para
ajudar a afastar a infestação nazista desagradável que estavam
enfrentando. A empresa De Havilland resolveu aproveitar a abundância de
materiais fornecidos pela própria Mãe Natureza e criar um bombardeiro
bimotor que deixava todos os outros aviões da Europa engasgados com sua
serragem. Apesar de ser de madeira (ao contrário, por causa disso), o Mosquito
não só superou todas as expectativas – desde bombardeio milimétrico a
foto-reconhecimento de alta velocidade -, como também era melhor que
outros aviões contemporâneos e podia ir mais rápido que qualquer coisa
que a Luftwaffe lançou até 1944.
Na Primeira Guerra Mundial, um engenheiro alemão olhou para um biplano e
pensou: “Quão melhor seria voar com ainda mais asas?”. A lei do “menos é
mais” afirma que isso quase certamente terminou em desastre absoluto.
Mas não. Apesar da produção de míseras 320 unidades, o chamado Fokker Dr.I
Dreidecker entrou para a história como um demônio alado bem-dotado que
podia passar a perna em qualquer coisa que os franceses ou britânicos
lançassem em direção ao rosto de Deus de 1917 a 1918. Graças a essa asa adicional, o Fokker tinha um poder enorme de
elevação. Nas mãos de um piloto experiente, manobras incríveis eram
possíveis: o ás alemão Werner Voss foi capaz de virar o avião 180 graus
para atacar brutalmente seus atacantes com as metralhadoras 8mm do
Fokker. E você também já pode ter ouvido falar de um outro rapaz que ficou
famoso por enviar pelo menos 70 pilotos aliados para seus túmulos de
fogo a partir do cockpit apertado do triplano: Manfred von Richthofen,
também conhecido como Barão Vermelho.
1. Os tanques de Hobart
O Major General britânico Percy Hobart era uma pessoa muito criativa. O
resultado disso foram os chamados “Hobart’s Funnies”, uma série de
tanques modificados para executar funções não muito comuns de tanques. Por exemplo, “The Crab” foi um tanque com um tambor rotativo coberto
de correntes enferrujadas. Não servia para lavrar campos – era um
caça-minas. As correntes batiam no chão com tanta força que as
destruíram enquanto o tanque mantinha os seres humanos dentro dele
intactos: Para trabalhos que o The Crab não podia aguentar, havia a “Aunt
Jemima” (foto do início desse item). Esta modificação foi feita para
remoção de minas antitanque, geralmente enterradas mais profundamente,
que eram então desencadeadas pelo peso de um haltere gigante de 29
toneladas. Talvez o mais engraçado de todos os Hobart’s Funnies foi o “Duplex
Drive”, ou DD Tank. O DD surgiu como resultado da necessidade de levar
armaduras para as praias da Normandia o mais rapidamente possível. Ao
adicionar uma lona e hélices, os Aliados criaram um tanque anfíbio que
apenas ocasionalmente naufragava. Uma vez em terra, a lona era retirada
para revelar o verdadeiro poder de fogo do tanque. [Cracked]
Em um estudo crucial, neurocientistas da Universidade de Berna, na
Suíça, descobriram um padrão de atividade cerebral que é responsável por
nos despertar do sono leve ou quando estamos anestesiados. "Essas descobertas identificam uma nova rede e redefinem nosso
entendimento da rede cerebral que regula o ciclo do sono e do estado
desperto", disse ao HuffPost em e-mail o Dr. Antoine Adamantidis,
neurocientista da Universidade de Berna e autor principal do estudo. Publicado em 21 de dezembro na revista científica Nature Neuroscience,
o estudo mostrou que a ativação do circuito associado aos ritmos de
atividade elétrica que ocorrem durante o sono - localizados entre as
regiões cerebrais do hipotálamo e do tálamo) levam ao despertar rápido.
Enquanto isso, a inibição do circuito aprofunda o sono. Os pesquisadores trabalharam com camundongos, utilizando numa técnica nova chamada optogenética. Eles inseriram genes reativos à luz em determinados neurônios do circuito dos roedores e então ativaram esses neurônios com pulsos de luz. Quando os pesquisadores ativaram os neurônios no circuito, puderam
induzir o despertar rápido. Quando estimularam esses neurônios por um
período extenso, os camundongos continuaram despertos. Mas, quando
inibiram os neurônios no circuito, os camundongos dormiram por mais
tempo, mais profundamente e com menos interrupções. E tem mais: o poder de despertar desse circuito cerebral mostrou ser
tão forte que chegou a levar os camundongos a voltar à consciência
depois de serem anestesiados. Adamantidis considerou a descoberta instigante, porque pode levar à criação de novos métodos terapêuticos para despertar pessoas que se encontram em estado vegetativo ou de consciência mínima. Até agora esses métodos são limitados. Os cientistas dizem que, quando eles puderem determinar a relação
entre problemas no funcionamento do circuito cerebral e problemas do
sono, a nova descoberta também poderá resultar em tratamentos mais
seletivos para a insônia ou as perturbações do sono. "Essa é uma questão importante no campo dos distúrbios do sono",
disse Adamantidis. "Esses circuitos talvez se tornem hipersensíveis a
determinados estímulos, e a hiperatividade pode atrasar a chegada do
sono e também levar ao sono fragmentado, duas características da
insônia." Leia mais: O que acontece enquanto você dorme 10 distúrbios do sono bizarros Inventaram um despertador que te acorda com cheirinho de café
Vão começar os testes para o primeiro carro voador
A empresa Terrafugis recebeu o aval da agência de aviação americana para começar a testar protótipos.
PorFelipe GermanoAtualizado em17/12/2015
Estamos cada dia mais perto de vivermos a vida de um
Jetson, e isso não tem nada a ver com cachorros falantes ou esteiras do
lado de fora de prédios - pelo menos por enquanto. A ideia que está por
vir é muito mais prática: a empresa americana Terrafugia anunciou que
irá iniciar seus testes para o primeiro carro voador do mundo sair do
papel.
Divulgação | Terrafugia
O que limitava o início das tentativas era uma autorização
que acabou de chegar. A FAA (sigla em inglês para a agência que regula o
espaço aéreo americano), liberou o céu de todo território do país para
experimentações com o carro que voa. Para usufruir da licença, a empresa
deve sempre informar as autoridades quando os testes serão feitos,
evitando quaisquer tipo de acidentes.
Por enquanto, os testes serão feitos com um protótipo não
tripulado e 10 vezes menor do que o carro de fato deve ter. Mas não ache
que é só mais um drone correndo pelos céus, o modelo é planejado para
voar a mais de 120 metros de altura, atingindo até 160 km/h. A versão
final do carro deve ser ainda mais rápida. O dobro de velocidade. De
acordo com o vídeo de divulgação, o produto deve ultrapassar os 320
km/h, podendo cobrir, por voo, uma área de 500 km de extensão.
Divulgação | Terrafugia
O modelo, chamado TF-X, é pensado para quatro
pessoas, e deve caber em uma garagem comum. A ideia é que ele também
seja ecologicamente viável, e usaria baterias no lugar de combustível
fóssil.
A empresa já adianta que é melhor segurar a ansiedade. Você
não vai poder ir voando para a Olimpíada do Rio, mas talvez tenha uma
chance para os jogos olímpicos de Tóquio, em 2020. O carro só deve
chegar às lojas daqui a 8 ou 12 anos com um preço "correspondente ao de
carros de luxo". A autorização não deve acelerar esse processo mas
aumenta as chances de acerto. "Por conta das configurações não
convencionais do TF-X, é vital alcançar o equilíbrio com modelos menores, antes de fazer um protótipo com escala real", afirma o comunicado oficial.
O vídeo com a simulação da empresa, você confere abaixo:
Conforme havia sido informado na última reunião do Fórum permanente
de acompanhamento e atualização do piso salarial nacional do magistério
público da educação básica, instância composta por MEC, Consed, Undime e
CNTE, o referido piso, em 2016, valerá R$ 2.135,64. O reajuste deste ano foi definido novamente pelo critério
estabelecido em Parecer da Advocacia Geral da União, de 2010, que leva
em consideração a estimativa de crescimento percentual do valor mínimo
do Fundeb, entre 2014 e 2015, extraídas das Portarias Interministeriais
MEC/MF nº 8, de 5/11/15 e nº 19, de 27/12/13. Ambas podem ser
consultadas no sítio eletrônico do Fundo de Desenvolvimento da Educação
Básica (http://www.fnde.gov.br). Ao contrário de anos anteriores, em que o piso teve atualizações
substanciais, em 2016, por consequência da inflação, o percentual de
reajuste ficou próximo dos principais índices de reposição inflacionária
(10,67% do IPCA e 11,27% do INPC). Ainda assim, pode-se dizer que houve
ganho real. Caso seja mantido o mesmo critério de reajuste em 2017, o percentual
de atualização do piso deverá ser de 7,64%, com base no valor per capita
do Fundeb estimado para 2016, à luz da Portaria Interministerial MEC/MF
nº 11, de 30/12/15, que foi de R$ 2.739,87 (referente ao investimento
mínimo per capita para os anos iniciais urbanos do ensino fundamental). Diante desta perspectiva, e seguindo as discussões travadas em âmbito
do Fórum de Acompanhamento do PSPN, com vistas a vincular os
percentuais de reajuste do piso às receitas efetivas do Fundeb (e não
propriamente ao custo aluno per capita), a CNTE chama a atenção da
categoria para a necessidade desse debate garantir além da reposição
inflacionária (coisa que o atual critério de reajuste não prevê), também
ganhos reais com base no cumprimento da meta 17 do Plano Nacional de
Educação. Para 2016, a CNTE reitera a necessidade de os sindicatos promoverem
amplo processo de mobilização para garantir a aplicação efetiva do
reajuste do piso em todos os níveis dos planos de carreira. Isso porque,
mesmo diante da crise fiscal, é preciso encontrar mecanismos para
garantir a valorização dos profissionais da educação, sobretudo através
de esforços na arrecadação dos tributos (sem promover isenções fiscais) e
na aplicação das verbas conforme dispõe a legislação educacional, sem
desvios ou desperdícios. Aproveitamos, também, para reforçar a convocatória de nossos
sindicatos e de toda sociedade para a Greve Nacional da Educação, a
realizar-se entre 15 e 17 de março de 2016, momento em que a CNTE fará
balanço nacional da aplicação do piso do magistério e das demais
políticas públicas estabelecidas no PNE e nos planos subnacionais.
Este tubarão recém-descoberto não é muito grande, mas ainda assim é
assustador: ele evoluiu para caçar invisível, de forma que você não vai
vê-lo se aproximando, exatamente como no famoso suspense de Steven
Spielberg.
Com cerca de meio metro de comprimento, o chamado “ninja
lanternshark” (em tradução livre, algo como “tubarão lanterna ninja”)
vive a uma profundidade de cerca de 1.000 metros. Oito indivíduos foram encontrados na costa do Oceano Pacífico na
América Central até o momento. O animal foi descoberto pelo Centro de
Pesquisa de Tubarões do Pacífico, que fica no estado americano da
Califórnia. O nome latino dado a espécie foi Etmopterus benchley, em homenagem a Peter Benchley, o autor de “Tubarão”. Já seu nome popular foi sugerido pelos primos da pesquisadora Vicky
Vasquez, que disseram que a aparência impressionante do novo animal o
fazia parecer um “super ninja”.
A pele do tubarão é negra, o que lhe permite se “camuflar” nas
profundezas marinhas onde caça. Ele também brilha no escuro, mas isso
não é uma vantagem para as presas: na realidade, é uma combinação mortal
que o torna ainda mais imperceptível.
De acordo com Vasquez, o animal é quase invisível para suas vítimas.
Ele usa os fotóforos em sua pele para produzir um brilho fraco que, em
combinação com sua pele negra, permite que o tubarão se misture com a
luz limitada das profundezas do oceano. [IFLS]
Um vaso sanitário “inteligente” que se abre quando você se aproxima e
se autolimpa com cada descarga está em exibição na feira Consumer
Electronics Show (CES) 2016, em Las Vegas, nos EUA. Ele também limpa o
usuário com um “chuveiro aerado”, que esguicha água quente e ar quente
“de uma posição sentada”, disse uma porta-voz da marca. Apesar de custar exorbitantes US$ 9.800 (R$ 39.484), mais de 40
milhões de versões anteriores dos vasos sanitários Neorest foram
vendidos. A empresa produtora, Toto, disse que o novo protótipo ainda
estava em desenvolvimento.
O seu processo de autolimpeza usa uma combinação de desinfectante e
esmalte – feito de zircônio e dióxido de titânio – que cobre a
superfície. “Uma vez que ele dá a descarga, pulveriza o interior do
assento com água eletrolítica”, explicou a porta-voz da Toto Lenora
Campos à BBC Online. Segundo ela, o “processo patenteado” essencialmente transforma a água
em um alvejante fraco. “[A mistura] branqueia o interior, matando
qualquer coisa no vaso”, disse.
Enquanto isso, uma luz ultravioleta na tampa carrega a superfície.
Ela a torna super-hidrofílico – ou amiga da água, fazendo com que nada
grude nela – e também fotocatalítica, permitindo que íons de oxigênio
quebrem bactérias e vírus. “Você não tem que limpar o vaso sanitário por mais de um ano”, prometeu Campos. Um especialista em casas inteligentes, Frank Gillett, da consultoria
de tecnologia Forrester Research, disse que o dispositivo mostra que
ainda há espaço para a inovação além de conectar as coisas à internet.
“Ele ilustra a noção de que os avanços da tecnologia envolvem repensar
coisas, não necessariamente adicionar algo novo”, apontou.
Os potenciais compradores devem notar, no entanto, que o dispositivo
não é um passe para nunca mais limpar o vaso sanitário, já que suas
técnicas de limpeza não se estendem ao que pode espirrar para o lado de
fora do vaso. [BBC] SUPERINTERESSANTE