quarta-feira, 27 de abril de 2016

Viciados se importam menos com outras pessas


bêbado rudeIstock/ Roberto A Sanchez
Jovens com dependência de álcool e outras substâncias tendem mais a colocar outras pessoas em risco: fazem mais sexo sem camisinha e dirigem mais vezes intoxicados. Pode parecer só falta de responsabilidade induzida por se estar... (qual seria a palavra?) doidão, mas há um lado mais sombrio nisso: esses jovens com algum tipo de vício são muito menos propensos a se dedicarem a trabalhos voluntários, ajudar aos outros.
Esses são os achados no estudo da psicóloga Maria Pagano, da Case Western Reserve University (Cleveland, EUA). Ela estudou o comportamento de 585 jovens secundaristas, classificando-os segundo seus hábitos com álcool e outras drogas e medindo essas três variáveis: dirigir bêbado (a idade para a habilitação nos EUA é 16 anos), fazer sexo desprotegido e se interessar por trabalho voluntário. Pagano achou, entre outras coisas, uma correlação 100% maior em jovens que abusavam de drogas ou álcool em fazer sexo desprotegido - mesmo quando eles sabiam que tinham doenças sexualmente transmissíveis - que com aqueles que não usavam.
Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir suas vidas sociais e também como é difícil convencê-los a se tratarem. "O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros", afirma Pagano. "Mesmo quando estão se recuperando, há poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é parte de sua doença."
Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a própria doença. Segundo Pagani, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para diminuir essa parte do problema. Uma de suas apostas é justamente o trabalho voluntário, ressensibilizar o paciente aos problemas dos outros.

PAINÉIS SOLARES PODEM GERAR ENERGIA COM ÁGUA DA CHUVA.

Painéis solares podem gerar energia com a água da chuva

Painel solar na chuvachuyu | iStock
Uma das grandes limitações para o uso da energia solar é que ela depende do clima. A chuva em si não é ruim para os painéis solares - eles ficam mais limpos e mais eficientes - mas o tempo nublado atrapalha. Isso porque a quantidade de energia gerada pelos painéis depende da intensidade da luz do dia.
Por isso, cientistas na China estão tentando criar painéis solares à prova de tempo ruim. Eles descobriram uma alternativa promissora para os dias feios: compensar a falta de iluminação com energia gerada com a água da chuva.
A chuva é composta de vários sais misturados à água. Esses sais podem ser separados em íons positivos e negativos (o sal de cozinha NaCl vira Na+ Cl-, como é ensinado nas aulas de química). Os cientistas usaram água levemente salgada, imitando a chuva, sobre células solares, que formam os painéis. Para fazer com que os íons se separassem, envolveram as células em grafeno.
LEIA: A força do Sol
O grafeno tem propriedades que beiram os superpoderes. É uma folha de carbono mais forte que o aço, mais resistente que o diamante, flexível e condutora de eletricidade e calor. Quando é usado como ?guarda-chuva? das células solares, ele também tem a capacidade de atrair os íons positivos da chuva. Como resultado, ficam separadas duas camadas, uma positiva e uma negativa. A diferença de potencial elétrico entre elas é suficiente para gerar uma corrente.
O experimento gerou centenas de microvolts a partir da água salgada. A célula solar também não foi muito prejudicada pela cobertura de grafeno. Em média, o equipamento normal transforma de 11% a 15% da energia solar em eletricidade (isso é chamado de eficiência da célula). A versão adaptada chegou a 6,53% de eficiência, o que impressionou os cientistas.
O modelo adaptável às condições climáticas ainda é um protótipo. Os pesquisadores precisam encontrar soluções para aproveitar os diferentes tipos de sais contidos na chuva. Também querem explorar outras características do grafeno para aumentar a luz absorvida pelas células em dias nublados e assim, construir painéis que geram quantidades constantes de energia, faça chuva ou faça sol.P SUPERINTERESSANTE

sábado, 23 de abril de 2016

TROFÉU DO CANPEONATO POTIGUAR HOMENAGEIA O MAIOR CAJUEIRO DO MUNDO.

Troféu do Campeonato Potiguar homenageia maior cajueiro do mundo

A Federação Norte-rio-grandense de Futebol apresentou na tarde desta sexta-feira a taça do Campeonato Potiguar. O troféu homenageia o Maior Cajueiro do Mundo, que fica na praia de Pirangi, no litoral Sul do estado. Na oportunidade, ABC e América-RN receberam de forma simbólica as chaves de um carro 0Km no valor de R$ 42 mil, concedido pela FNF através de um dos patrocinadores da competição.
Musas de ABC América-RN apresentam troféu do Campeonato Potiguar (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
- Nós inovamos no momento que homenageamos Forte dos Reis Magos, Farol de Mãe Luiza, Estádio Juvenal Lamartine e a Arena das Dunas. Agora temos o maior cajueiro do mundo, mostrando exatamente a importância e a vinculação que nós temos entre nossas riquezas de destino e o futebol - declarou José Vanildo, presidente da FNF.
O conceito da taça, desenvolvido pela agência 10 Sports, traz a riqueza de um produto que atrai visitantes de todo o mundo, com proposta de valorizar e divulgar os atrativos do Rio Grande do Norte, associado duas indústrias: o futebol e o turismo. O troféu foi fabricado por uma empresa de Santa Catarina. 
fonte: Globo Esporte.com, 22 de abril de 2016.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O QUE ACONTECE COM O ASTRONAUTA QUANDO FICA DOENTE NO ESPAÇO?

O que acontece se um astronauta fica doente no espaço?

Perdido em MarteDivulgação | Fox
Ficar doente é ruim, mas passar mal quando se está 250 km ACIMA do hospital mais próximo tende a ser pior. Essa é a realidade dos astronautas atualmente: o espaço é um local onde, apesar das promessas para o futuro, uma das únicas certezas é de que não dá para chamar o SAMU.
Não também como se os viajantes espaciais estivessem dependendo apenas de sua própria sorte, existe um sistema que tenta ajudar os enfermos. Antes de viajar, os astronautas passam por um curso (com 40 horas de duração), que ensina como eles devem se portar caso ocorra algum tipo de emergência A Estação Espacial Internacional (que fica a 250 km de altitude, em média) também é equipada com livros médicos, kits de primeiro socorro, alguns litros de soro fisiológico, um aparelho que permite uma análise mais detalhada dos olhos, desfibriladores, e até um sistema portátil de ultrassom.
LEIA: 7 bizarrices que acontecem com o corpo no espaço
O problema é que a distância da Terra e o ambiente espacial não favorecem os astronautas. As pessoas a bordo da Estação conseguem se comunicar com quem está no planeta, só que essa troca de mensagens (que poderiam encaminhar o resultado de um ultrassom, por exemplo) levam alguns minutos atualmente. Tempo demais para um caso de emergência. Além disso, a falta de gravidade é um complicador relevante. O sangue e outros fluidos corporais poderiam sair flutuando pelo ambiente, isso poderia facilmente infectar qualquer coisa viva que esteja por perto.
Em casos mais graves, o ideal mesmo seria voltar para a Terra, mas a viagem, com duração de aproximadamente três horas e meia, também não seria das melhores. "Em um vôo de retorno considerado bom, os astronautas podem vivenciar acelerações de 4 ou 5 Gs (equivalente a quatro ou cinco vezes maior do que a terrestre). Isso é bem desconfortável para uma pessoa saudável, e inimaginável para alguém em um estado crítico", contou à BBC David Green, fisiologista aeroespacial da universidade britânica King's College London.
LEIA:  Nasa está fazendo testes para plantar batatas em Marte
Mas o futuro parece promissor. Existem algumas propostas sobre o que pode ser feito daqui para frente, uma delas é a criação de uma espécie de redoma de vidro preenchida por soro. Se o astronauta ferido entrasse nela, os fluidos não ficariam flutuando, e os sangramentos diminuiriam.
Outra possibilidade se baseia na esperança de que as cirurgias feitas por robôs avancem. E isso pode acontecer em dois âmbitos: tanto que os robôs sejam comandados por pessoas aqui na Terra (o que depende de uma melhor transmissão, em tempo real, entre nosso planeta e a base espacial), ou que as máquinas consigam realizar esses procedimentos (dependendo do desenvolvimento da inteligência artificial).
Enquanto as coisas não se resolvem, a melhor dica para os astronautas é: mantenham-se saudáveis.SUPERINTERSSSANTE
 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

JAPÃO: TREM INVISÍVEL

Em 2018, você vai poder viajar em um trem invisível

Mas para isso será preciso viajar até o Japão. Um trem coberto de painéis refletores promete se esconder por entre as paisagens de Tóquio e seus arredores
Trem invisível japonêsReprodução
Publicidade
O primeiro trem invisível deve fazer sua primeira viagem no Japão em até dois anos. Kazuyo Sejima, arquiteta vencedora do Pritzer, considerado o Nobel da arquitetura, promete criar um design que se adapta tão bem à paisagem ao redor que será difícil perceber que ele está lá.
Como? Bem, o trem será todo coberto por painéis superrefletores de luz e microespelhos. Assim, refletirá toda a paisagem externa, misturando-se a ela, como se fosse um camaleão. Será bem difícil perceber que ele está passando por ali.
Embora a ideia seja inovadora, não exige tanto tempo assim para virar realidade. Isso porque nenhum trem será construído do zero. A equipe de arquitetos japonesa reaproveitará os trens já existentes da linha expressa Red Arrow, da empresa Seibu Railway, que liga Tóquio a cidades próximas. 
Só que passarão por algumas reformas. A começar pelo formato: o design deles sera mais arredondado, como uma bala de revólver. E toda a parte externa será revestida pelos tais painéis, que os transformarão em espelhos gigantes. 
Montanhas de Chichibu e centro de Tóquio*_* e Moyan_Brenn | VisualHunt
Trem invisível vai viajar 178 km das Montanhas de Chichibu até o Centro de Tóquio
A parte interna também vai mudar. A ideia é que as cabines se pareçam com a sala da sua casa, com sofás e mesas bem mais confortáveis do que os ambientes de trens tradicionais.
A rota será a mesma por onde já passam os trens da linha Red Arrow: das montanhas de Chichibu até o supercolorido e iluminado centro de Tóquio. Só que, ao invés de manchar a paisagem, vão se mesclar a ela.
O novo design é parte da comemoração dos 100 anos da Seibu Railway. Logo nas primeiras viagens, em 2018, o veículo vai percorrer mais de 178 km ao redor do Japão.SUPERINTESSANTE

sexta-feira, 8 de abril de 2016

ALGA PODE SUBSTITUI O PETRÓLEO NA PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEL

Alga pode substituir o petróleo na produção de combustível

Chega de escavar e de brigar por reservas de petróleo: essa alga cresce no mundo inteiro e sobrevive em quase qualquer clima

combustível verdeDivulgação
O petróleo está se tornando cada vez mais um material ultrapassado, quando se pensa em gerar energia. Depois de usarmos milho, cana-de-açúcar, e até mamonas, para a criação de biocombustíveis, cientistas indicam que o futuro das fontes energéticas pode estar no fundo do mar. Pesquisadores das Universidades do Texas, de Arizona e de Tóquio descobriram uma microalga chamada Botryococcus braunii, que tem a capacidade de fabricar, naturalmente, a matéria-prima de combustíveis fósseis como a gasolina e o óleo diesel. Não é a primeira que se aposta em algas para a prodiução de combustível. Mas essa parece mais promisora, tanto que os cientistas estão chamando a descoberta de "petróleo de alga" e projetam que ela pode ser mais barata do que o etanol.
A Botryococcus braunii tem uma enzima especial que fabrica hidrocarbonetos - moléculas que formam os combustíveis - durante o processo de reprodução celular da alga. Essas moléculas só são encontradas nas profundezas da Terra, sob muita pressão, na forma de petróleo. Mas fabricar os combustíveis a partir o petróleo é muito trabalhoso: é necessário, primeiro, destilar o material para separar os hidrocarbonetos. A partir daí, essas moléculas servem como "pecinhas" para montar os diferentes combustíveis. Mas com as algas é mais fácil: não precisa de destilação, porque os hidrocarbonetos já estão separados. Tudo o que os cientistas precisam fazer é montar as peças e criar o combustível que quiserem.
LEIA: Petróleo: os donos do combustível
Descobrir que uma alga consegue fabricá-las sem nenhum estímulo é surpreendente - ainda mais quando se trata de uma alga tão comum: ela vive em água doce, cresce em quase todos os lagos do mundo, pode sobreviver em climas muito diferentes - do montanhoso ao desértico - e só não é encontrada na Antártica. O problema é que a alga não consegue produzir hidrocarbonetos tão rápido quanto a gente precisa: leva uma semana para que ela termine seu processo de reprodução celular, enquanto outras algas e plantas, inúteis em termos de combustível, conseguem fazer a mesma coisa em algumas horas. Para contornar a situação, os pesquisadores estão tentando encontrar o mecanismo genético que comanda a enzima produtora de hidrocarbonetos e transplantá-lo para plantas mais rápidas. A ideia é inserir o "gene do petróleo" em plantas terrestres, como o tabaco, ou em outras algas comuns para aumentar a produção em um tempo menor e com menos custos.  
Se os estudos se mostrarem corretos, nova descoberta pode diminuir ainda mais a força do petróleo, e tornar toda a produção de combustível mais barata e simples: não vai mais ser necessário gastar milhões para remover a matéria-prima do fundo da Terra, e nem brigar por reservas já existentes. Além disso, assim como nos biocombustíveis já existentes,  o processo seria mais sustentável, já que parte da emissão de gás carbônico pelos combustíveis pode ser equilibrada pela fotossíntese das próprias algas. SUPERINTERESSANTE blog: terra mipibu
LEIA MAIS:
- Da gasolina ao hidrogênio
- Aditivo do combustível é um detergente
- Cientistas transformam poluição em combustível

sexta-feira, 1 de abril de 2016

ZICA VÍRUS DE FATO CAUSA DANO CEREBRAL

zika virus
Um estudo da Universidade de Helsinki, na Finlândia, confirmou a ligação entre o vírus Zika e dano cerebral fetal.
O professor de virologia zoonótica Olli Vapalahti e seus colegas descobriram que pequenas quantidades de material genético do vírus podem ser detectadas a partir de uma amostra de sangue colhida de uma mulher grávida, mesmo semanas após os sintomas da infecção terem passado, quando o desenvolvimento de dano cerebral no feto está em andamento.
Anormalidades cerebrais graves podem ser detectadas através de neuroimagem já nesta fase inicial, antes mesmo do desenvolvimento das calcificações intracranianas e microcefalia anteriormente associadas a infecções por vírus Zika.

Estudo de caso

As observações são baseadas no caso de uma mulher infectada ao visitar a América Central durante a 11ª semana de sua gravidez.
Este estudo é o primeiro a relatar o isolamento do vírus a partir de tecido fetal em cultura de células. O vírus foi isolado a partir de tecido fetal cerebral.
Os pesquisadores mapearam o genoma do vírus inteiro e descobriram oito mutações, que distinguem esta estirpe do Zika de outras relatadas anteriormente na América Central. “Algumas dessas mutações podem estar associadas com as adaptações do vírus ao cérebro fetal”, afirma Vapalahti.
No geral, os resultados podem ajudar com o desenvolvimento de métodos que permitam a detecção de dano fetal de uma infecção associada ao vírus Zika durante a gravidez. “Nossa pesquisa confirmou a relação causal entre o vírus e graves danos ao sistema nervoso central fetal”, conclui.

Zika

O vírus Zika é um flavivírus transmitido por mosquitos do gênero Aedes, descoberto pela primeira vez em Uganda em 1940. Até o início da década de 2000, apenas relatórios esporádicos sobre o Zika estavam disponíveis. Desde 2007, epidemias têm sido observadas nas áreas do Pacífico, e em 2015, pela América Central e do Sul, incluindo o Brasil.
O vírus provoca erupções cutâneas e febre, sintomas típicos de outras infecções virais transmitidas pelo mesmo mosquito, como dengue e chikungunya. Mesmo que a condição não seja normalmente grave, pode provocar danos ao sistema nervoso central de fetos pelo contágio durante a gravidez, o que é associado com microcefalia em recém-nascidos.
Por esta razão, a Organização Mundial de Saúde declarou “emergência de saúde pública” devido à epidemia do vírus Zika, como tinha feito anteriormente para outras condições, como ebola e gripe suína. [ScienceDaily]