Viciados se importam menos com outras pessas
Jovens com dependência de álcool e outras substâncias tendem mais a
colocar outras pessoas em risco: fazem mais sexo sem camisinha e
dirigem mais vezes intoxicados. Pode parecer só falta de
responsabilidade induzida por se estar... (qual seria a palavra?)
doidão, mas há um lado mais sombrio nisso: esses jovens com algum tipo
de vício são muito menos propensos a se dedicarem a trabalhos
voluntários, ajudar aos outros.
Esses são os achados no estudo da psicóloga Maria Pagano,
da Case Western Reserve University (Cleveland, EUA). Ela estudou o
comportamento de 585 jovens secundaristas, classificando-os segundo seus
hábitos com álcool e outras drogas e medindo essas três variáveis:
dirigir bêbado (a idade para a habilitação nos EUA é 16 anos), fazer
sexo desprotegido e se interessar por trabalho voluntário. Pagano achou,
entre outras coisas, uma correlação 100% maior em jovens que abusavam
de drogas ou álcool em fazer sexo desprotegido - mesmo quando eles
sabiam que tinham doenças sexualmente transmissíveis - que com aqueles
que não usavam.
Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir suas vidas sociais e também como é difícil convencê-los a se tratarem. "O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros", afirma Pagano. "Mesmo quando estão se recuperando, há poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é parte de sua doença."
Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a própria doença. Segundo Pagani, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para diminuir essa parte do problema. Uma de suas apostas é justamente o trabalho voluntário, ressensibilizar o paciente aos problemas dos outros.
Viciados, em outras palavras, não dão muita bola para os outros nem entendem como seu problema afeta seus entes queridos. O que explica como a doença pode destruir suas vidas sociais e também como é difícil convencê-los a se tratarem. "O viciado é como um tornado passando pela vida dos outros", afirma Pagano. "Mesmo quando estão se recuperando, há poucos indícios que eles entendem como suas ações impactam aqueles em sua volta. Isso é parte de sua doença."
Importante: nada disto pretende criminalizar os viciados, que também sofrem com a própria doença. Segundo Pagani, esse fator da insensibilidade é apenas algo que deve ser levado em consideração ao se planejar tratamentos. Ela pretende descobrir formas para diminuir essa parte do problema. Uma de suas apostas é justamente o trabalho voluntário, ressensibilizar o paciente aos problemas dos outros.